PCRO: conheça o sistema para identificar procedência do ouro

A Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgaram o lançamento de uma ferramenta que visa identificar a origem do ouro brasileiro. De acordo com essas instituições, a plataforma ajudará os compradores a determinar a procedência do mineral, permitindo a distinção entre ouro legal e ilegal.
Publicado em Brasil dia 19/05/2023 por Alan Corrêa

A Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgaram o lançamento de uma ferramenta que visa identificar a origem do ouro brasileiro. De acordo com essas instituições, a plataforma ajudará os compradores a determinar a procedência do mineral, permitindo a distinção entre ouro legal e ilegal.

Denominada Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO), o sistema encontra-se atualmente em fase de testes e deverá ser plenamente operacional em aproximadamente três meses. A plataforma funcionará online, estando disponível em português e inglês.

“O sistema permite separar o ouro legal do ouro ilegal, ouro de sangue, que destrói a natureza, destrói os povos indígenas e prostitui as crianças dos povos indígenas e a própria natureza. Permite a qualquer comprador saber se aquele ouro é legal ou ilegal”, disse o diretor-presidente do Ibram, Raul Julgmann.

Comprar ouro requer responsabilidade.
Comprar ouro requer responsabilidade.

“Estamos retirando do mercado esse ouro ilegal e, portanto, sufocando essa atividade que é absolutamente criminosa e, mais das vezes, associada ao crime organizado”, acrescentou.

A plataforma foi desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável (NAP.Mineração) da USP, com financiamento da WWF e apoio do Instituto Igarapé. A primeira versão da ferramenta passou por testes com diversos usuários, tanto públicos quanto privados, incluindo o Ministério Público Federal, bancos e joalherias.

Vista em sobrevoo do rio Mucajaí (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Vista em sobrevoo do rio Mucajaí (Fernando Frazão/Agência Brasil)

“Este acordo de cooperação da USP com o Ibram tem um papel civilizatório. Ele permitirá enfrentar e afastar um conjunto de atividades ilegais ligadas à mineração, permitindo uma atividade mineradora inclusiva, que preserva a biodiversidade brasileira e os direitos inalienáveis dos povos originários”, disse a vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda.

*Com informações da Agência Brasil e PCRO.