Parque das Aves, transcendendo às penas e nuvens

Desde os mais fininhos e pontiagudos como os das corujas aos mais longos e coloridos como os dos tucanos, é tanta cor, são vários formatos e uma diversidade quase sem fim que a memória já se embaralha com tantos desenhos.
Publicado em Viagem dia 3/08/2018 por Alan Corrêa

Ah o Parque das Aves, um lugar que nos leva a apreciar penas, nuvens e olhinhos exóticos. Mas que lugar incrível! Entre bromélias, borboletário, cobra, aranha e corujas (seria um buffet?) e uma boa caminhada basicamente ao ar livre, o único problema é: chover. Acredite, eu estive por lá num dia de chuva, a parte boa é que ganhamos um replay (não pudemos usá-lo, viemos embora no dia seguinte – mas ainda volto lá, afinal vale a pena). Infelizmente não deu para aproveitar como esperávamos, mas foi bem divertido lembrar que as aves não voam na chuva, foi bem mais fácil de vê-las e – quase passei a mão em várias espécies, algumas até com um cheirinho peculiar, bem docinho por comerem frutas e sementes é até que gostosinho.

E aqueles bicos? São sensacionais. Desde os mais fininhos e pontiagudos como os das corujas aos mais longos e coloridos como os dos tucanos. É tanta cor, são vários formatos e uma diversidade quase sem fim que a memória já se embaralha com tantos desenhos.

Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)
Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)

Quando escolhemos o passeio, que foi bem fácil – confesso, foi muita expectativa, pois entre nossos familiares temos a Laura – uma arara Canindé de 7 anos que vive 10x mais, nossa companheira – então ficamos muito ansiosos para conhecer mais deste universo cheio de plumas e penas. Com a alimentação rígida e regras claras para os visitantes, o que podíamos aproveitar era a caminhada de aproximadamente 2h.

No meio do parque, entre a trilha que é composta por 2 km, há uma lanchonete capaz de atender os visitantes com lanches rápidos, água e guloseimas (caras). O banheiro, apesar da chuva, estava bem limpinho. Como era um caminho pré-definido concretado, não precisávamos passar pela terra ou pela lama, o que deixa o passeio mais confortável por conta da sujeira na chuva. Como foi inicialmente uma garoinha, encaramos o passeio e seguimos em frente, afinal estávamos diante do mais importante centro de reprodução de pássaros em toda a América do Sul e a reprodução dos viveiros são bem realistas, muito próximos ao habitat natural, na verdade até as cercas são bem espaçosas e as gaiolas são realmente gigantes.

Por todo o trajeto pudemos perceber muitas aves conhecidas e outras que nunca vi nem nas apostilas do colégio. Segundo o parque são mais de 900 aves raras e coloridas que estão divididas em aproximadamente 150 espécies distintas sendo em sua maior parte, as tradicionais do local – nativas da floresta circundante.

Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)
Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)

Mas a grande sacada também se deve por conta da conscientização ambiental, porque estar assim, tão perto de um ser vivo que diante da brutalidade humana torna-se tão frágil, é incoerente não se atentar às questões problemáticas. Podemos tocar na questão da caça ilegal, destruição da mata, contrabando e tantos outros tópicos que não precisamos ir além.

O ingresso do parque estava R$ 45,00 quando estive lá e ele dá o direito de apenas uma caminhada, a minha durou em torno de 2h30 para ir bem devagarinho aproveitando tudo o que há mesmo debaixo da chuva. Pela trilha há banquinhos para das aquela descansadinha necessária aproveitando o canto e observando os moradores em toda a sua volta. Em determinado ponto, é possível entrar na “super gaiola”, que é um viveiro gigante, cheio de araras e com vasta diversidade entre seus tipos. É um passeio bem tranquilo que demanda mais curiosidade e paciência do que qualquer outra habilidade.

Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)
Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)

Para os que gostam de interagir com animais, há uma opção do passeio em que é possível conhecer os filhotes e alimentá-los – não o fiz porque chovia e consideramos um desperdício de tempo e grana para o momento. Numa próxima é bem provável que façamos esta descoberta conquistando mais uma experiência.

Ao fim do passeio chegamos na lojinha de suvenires, lá tem acessórios, camisetas, pedrarias, bijuterias, chinelos, almofadas, bolsas, pulseiras, sapatos, itens de madeira, bugigangas de todo o tipo e diversos preços.

Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)
Parque das Aves: Foz do Iguaçu (área de proteção ambiental)

Foi um passeio bem tranquilo, com toda a certeza, voltaria lá numa próxima vez.