Quando entramos na internet e utilizamos um navegador, vemos sempre uma interface muito simples de ser usada, rápida e prática, nos fazendo apreciar tudo que a internet tem a nos oferecer da melhor forma possível.
Mas para que os navegadores chegassem neste patamar que estão hoje, foi preciso que muitas mudanças ocorressem e envolvendo várias empresas e inúmeras pessoas com um objetivo inicial: Conectar tudo e todos!
Quando surgiu a ideia de se navegar na internet, em meados dos anos 80, a ideia era fazer com que você pudesse selecionar um item e poder ler o mesmo sem que precisasse salvar um arquivo, estando em uma espécie de lugar onde pudesse ser acessado a qualquer momento.
Tim Berners-Lee utilizando deste ideal criou o World Wide Web (ou WWW como conhecemos hoje) mas em forma de navegador para deixasse de ser apenas um visualizador e pudesse ser um editor, mas não deu muito certo.
Até então, a Web (cujo nome vem da teia de aranha, fazendo alusão ao tamanho de conexões que poderiam ser feitas) dispunha de um leitor básico de informações, que era o World Wide Web, mas logo menos tudo tomaria um rumo diferente.
Mas para a web se tornar popular, era preciso que algum navegador pudesse mostrar algumas novas funcionalidades para a popularização, certo? Pois foi essa a missão do Mosaic na internet.
Criado pelos alunos da Universidade de Illinois, o Mosaic foi um navegador financiado pelo National Center for Supercomputing. A sua principal inovação foi transformar a web em uma revista, podendo mostrar imagens, links mais elaborados e fazer download dos mesmos.
Em pouco tempo, o Mosaic já era o navegador com mais pessoas utilizando no mundo por sempre se reinventar e deixar de ser apenas um local para leitura de textos, mas uma nova fonte de fornecimento de conteúdo no geral.
Agora com a internet já popular, era preciso dar um novo passo para que os navegadores tivessem a feição de hoje. E uma nova revolução começou também pelo Mosaic.
O Mosaic deixou de existir no momento em que a NCSA não conseguiu mais bancar o projeto e liberou que a universidade licenciasse a Mosaic para outras empresas. Com isso, um de seus principais desenvolvedores, Marc Andreessen, juntamente com Jim Clark, tiveram uma brilhante ideia.
Inicialmente, a ideia era fazer da internet uma TV interativa, mas o custo seria de 10 mil dólares por casa. Dessa forma, a internet se tornaria uma forma de comércio, coisa que era proibida até 1993.
Foi assim então que o Netscape foi criado em 1994. Utilizando os recursos do Mosaic, foi o primeiro espaço de comércio propriamente dito na web, fazendo com que em apenas um ano a empresa valesse 3 bilhões de dólares, dando indícios de que as empresas de tecnologia viriam a dominar a NASDAQ nas próximas décadas.
A AOL adquiriu o Netscape e passou a transformar sua rede em um serviço de Internet dial-up. Acontece que, neste meio tempo, Bill Gates já trabalhava para ter seu próprio navegador e dominar este quesito por muito tempo.
Com o Mosaic licenciado, criaram as primeiras versões do famoso Internet Explorer e de forma inteligentíssima o empacotaram em todos os computadores vendidos com o sistema operacional Windows. Em seguida, foi permitido que colocar partes de sites na área de trabalho e usar a mesma interface para navegar em seus arquivos ou sites.
Mas uma de suas principais bases foi a criação de bases para negócios multimilionários através de extensões do navegador para construir mini aplicativos, fazendo assim que novos recursos pudessem ser adicionados aos sites.
Com o Internet Explorer juntando tudo que os demais navegadores passados tinham, por ele já estar nos computadores Windows e por ser o mais rápido até então, ele era o navegador mais usado no mundo quase que de forma unanime.
Foi então que a equipe da Netscape se juntou novamente e criou o navegador que conhecemos hoje como Firefox, com recursos como guias e bloqueadores de pop-up que controlavam a web e permitiam que os desenvolvedores criassem extensões, além de ser bem mais rápido do que o concorrente.
Por outro lado, Steve Jobs queria para a Apple o navegador mais rápido possível, tendo total foco na velocidade. Foi então que eles criaram o KHTML, transformaram em Webkit e construíram o Safari, navegador utilizado até os dias atuais.
E não demorou muito para que o Google, utilizando o Webkit, fizesse o seu navegador próprio: O Google Chrome, que hoje é amplamente o navegador mais utilizado no mundo inteiro por conta de sua velocidade e seu aspecto bem “clean”.
Hoje 70% das pessoas que acessam a internet adentram na mesma utilizando o Google Chrome. Em pensar que no início de 2002, a Microsoft detinha 98% dos usuários com o Internet Explorer, e hoje o mesmo tem a fama de ser utilizado somente para baixar os demais.
Em todo o processo, os navegadores tiveram seus papéis: o Worold Wide Web para provar que era possível sim integrar todas as informações, o Mosaic mostrar que os sites poderiam ir além de textos, o Netscape para mostrar o potencial comercial da internet, o Internet Explorer para atingir um maior número de usuários e os posteriores focando na velocidade e experiência do usuário!
*Com informações do Capiche.