Os navegadores reinventaram tudo na internet

E não demorou muito para que o Google, utilizando o Webkit, fizesse o seu navegador próprio: O Google Chrome, que hoje é amplamente o navegador mais utilizado no mundo inteiro por conta de sua velocidade e seu aspecto bem “clean”.
Publicado em Tecnologia dia 8/09/2020 por Alan Corrêa

Quando entramos na internet e utilizamos um navegador, vemos sempre uma interface muito simples de ser usada, rápida e prática, nos fazendo apreciar tudo que a internet tem a nos oferecer da melhor forma possível.

Mas para que os navegadores chegassem neste patamar que estão hoje, foi preciso que muitas mudanças ocorressem e envolvendo várias empresas e inúmeras pessoas com um objetivo inicial: Conectar tudo e todos!

Criação de uma nova linguagem

Quando surgiu a ideia de se navegar na internet, em meados dos anos 80, a ideia era fazer com que você pudesse selecionar um item e poder ler o mesmo sem que precisasse salvar um arquivo, estando em uma espécie de lugar onde pudesse ser acessado a qualquer momento.

Criação de uma nova linguagem
Criação de uma nova linguagem

Tim Berners-Lee utilizando deste ideal criou o World Wide Web (ou WWW como conhecemos hoje) mas em forma de navegador para deixasse de ser apenas um visualizador e pudesse ser um editor, mas não deu muito certo.

Até então, a Web (cujo nome vem da teia de aranha, fazendo alusão ao tamanho de conexões que poderiam ser feitas) dispunha de um leitor básico de informações, que era o World Wide Web, mas logo menos tudo tomaria um rumo diferente.

Adicionando interação

Mas para a web se tornar popular, era preciso que algum navegador pudesse mostrar algumas novas funcionalidades para a popularização, certo? Pois foi essa a missão do Mosaic na internet.

Então, a web mudou a forma como trabalhamos.
Então, a web mudou a forma como trabalhamos.

Criado pelos alunos da Universidade de Illinois, o Mosaic foi um navegador financiado pelo National Center for Supercomputing. A sua principal inovação foi transformar a web em uma revista, podendo mostrar imagens, links mais elaborados e fazer download dos mesmos.

Em pouco tempo, o Mosaic já era o navegador com mais pessoas utilizando no mundo por sempre se reinventar e deixar de ser apenas um local para leitura de textos, mas uma nova fonte de fornecimento de conteúdo no geral.

Uma forma de negócio?

Agora com a internet já popular, era preciso dar um novo passo para que os navegadores tivessem a feição de hoje. E uma nova revolução começou também pelo Mosaic.

Então a web mudou tudo.
Então a web mudou tudo.

O Mosaic deixou de existir no momento em que a NCSA não conseguiu mais bancar o projeto e liberou que a universidade licenciasse a Mosaic para outras empresas. Com isso, um de seus principais desenvolvedores, Marc Andreessen, juntamente com Jim Clark, tiveram uma brilhante ideia.

Inicialmente, a ideia era fazer da internet uma TV interativa, mas o custo seria de 10 mil dólares por casa. Dessa forma, a internet se tornaria uma forma de comércio, coisa que era proibida até 1993.

Foi assim então que o Netscape foi criado em 1994. Utilizando os recursos do Mosaic, foi o primeiro espaço de comércio propriamente dito na web, fazendo com que em apenas um ano a empresa valesse 3 bilhões de dólares, dando indícios de que as empresas de tecnologia viriam a dominar a NASDAQ nas próximas décadas.

Microsoft vem com tudo

A AOL adquiriu o Netscape e passou a transformar sua rede em um serviço de Internet dial-up. Acontece que, neste meio tempo, Bill Gates já trabalhava para ter seu próprio navegador e dominar este quesito por muito tempo.

“A Internet é um maremoto”, escreveu o fundador da Microsoft, Bill Gates, em 1995. “Ela muda as regras”.
“A Internet é um maremoto”, escreveu o fundador da Microsoft, Bill Gates, em 1995. “Ela muda as regras”.

Com o Mosaic licenciado, criaram as primeiras versões do famoso Internet Explorer e de forma inteligentíssima o empacotaram em todos os computadores vendidos com o sistema operacional Windows. Em seguida, foi permitido que colocar partes de sites na área de trabalho e usar a mesma interface para navegar em seus arquivos ou sites.

Mas uma de suas principais bases foi a criação de bases para negócios multimilionários através de extensões do navegador para construir mini aplicativos, fazendo assim que novos recursos pudessem ser adicionados aos sites.

Os concorrentes vêm com força

Com o Internet Explorer juntando tudo que os demais navegadores passados tinham, por ele já estar nos computadores Windows e por ser o mais rápido até então, ele era o navegador mais usado no mundo quase que de forma unanime.

Os concorrentes chegaram com força
Os concorrentes chegaram com força

Foi então que a equipe da Netscape se juntou novamente e criou o navegador que conhecemos hoje como Firefox, com recursos como guias e bloqueadores de pop-up que controlavam a web e permitiam que os desenvolvedores criassem extensões, além de ser bem mais rápido do que o concorrente.

Por outro lado, Steve Jobs queria para a Apple o navegador mais rápido possível, tendo total foco na velocidade. Foi então que eles criaram o KHTML, transformaram em Webkit e construíram o Safari, navegador utilizado até os dias atuais.

E não demorou muito para que o Google, utilizando o Webkit, fizesse o seu navegador próprio: O Google Chrome, que hoje é amplamente o navegador mais utilizado no mundo inteiro por conta de sua velocidade e seu aspecto bem “clean”.

Google domina hoje

Hoje 70% das pessoas que acessam a internet adentram na mesma utilizando o Google Chrome. Em pensar que no início de 2002, a Microsoft detinha 98% dos usuários com o Internet Explorer, e hoje o mesmo tem a fama de ser utilizado somente para baixar os demais.

Em todo o processo, os navegadores tiveram seus papéis: o Worold Wide Web para provar que era possível sim integrar todas as informações, o Mosaic mostrar que os sites poderiam ir além de textos, o Netscape para mostrar o potencial comercial da internet, o Internet Explorer para atingir um maior número de usuários e os posteriores focando na velocidade e experiência do usuário!

*Com informações do Capiche.