Nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal (PF) realizou a operação “Usuário Bloqueado”, que resultou na prisão de três pessoas suspeitas de participar de um grupo criminoso envolvido no desvio de aproximadamente R$ 2,5 milhões da Caixa Econômica Federal através de fraudes bancárias eletrônicas.
De acordo com as informações fornecidas pela PF, as supostas fraudes ocorreram entre janeiro de 2021 e março de 2022, contando com a participação de, pelo menos, cinco funcionários do banco estatal que já foram preventivamente afastados de suas funções.
Enquanto os policiais federais cumpriam 30 mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça, três pessoas foram presas por motivos não relacionados à investigação principal: duas delas estavam portando armas de fogo ilegalmente e a terceira carregava uma quantidade indeterminada de drogas. As identidades dos presos não foram divulgadas.
A operação está sendo executada em quatro cidades do estado do Pará (Belém, Breve, Parauapebas e Redenção), além de duas cidades goianas (Luziânia e Valparaíso), São Luís (MA) e São Paulo (SP), onde estão sendo cumpridos dezoito mandados de busca e apreensão.
Além das prisões, os agentes federais também apreenderam cerca de R$ 33 mil em dinheiro e cinco veículos. Os bens e valores relacionados aos investigados foram bloqueados com autorização judicial.
As investigações que embasaram a operação tiveram início após a Caixa Econômica Federal reportar indícios de fraudes praticadas por funcionários do banco. As alterações nas credenciais de acesso ao sistema permitiam que o grupo criminoso desviasse valores para contas bancárias pertencentes a membros da organização.
Segundo a PF, já foram identificados 842 registros de atividades ilícitas que, se confirmadas, podem configurar os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.
Em resposta à operação, a Caixa Econômica Federal divulgou uma nota informando que as ações suspeitas foram descobertas graças ao monitoramento de segurança do banco, que imediatamente acionou a PF para apurar os fatos. O banco ressaltou que as informações relacionadas aos casos de fraude e às medidas tomadas pela área de segurança são mantidas em sigilo e repassadas exclusivamente às autoridades policiais e de controle, para evitar comprometimento das investigações em andamento. A instituição reforçou seu compromisso em aprimorar constantemente seus sistemas de segurança para proteger os dados e operações de seus clientes.
*Com informações da Agência Brasil.