A cada cinco segundos, alguém morre de câncer, e mesmo com muitas tecnologias atualmente, nada ainda é possível para a cura. Só o governo dos EUA gastou mais de US$ 100 bilhões em pesquisas sobre o câncer desde a década de 1970, com progressos limitados em relação à sobrevivência dos pacientes, especialmente para certos tipos de câncer muito agressivos.
No entanto, agora pode haver uma solução, pesquisadores médicos estão desenvolvendo estudos com nanopartículas, essas são partículas minúsculas que podem ser usadas para levar com precisão medicamentos até tumores, além de conseguir manter os medicamentos no corpo por mais tempo para atacar células malignas. Pois, 99% dos medicamentos contra o câncer nunca chegam aos tumores, porque são eliminados do corpo antes que tenham tempo para cumprir a tarefa deles.
O fato é que 99% dos medicamentos contra o câncer nunca chegam ao tumor porque faltam transporte e ferramentas para levá-los ao local que pretendem. As nanopartículas são a solução, elas podem transportar os medicamentos contra o câncer ao centro do tumor.
Existem muitos tipos diferentes de nanopartículas, feitas de vários materiais, como nanopartículas baseadas em metal ou nanopartículas baseadas em gordura.
Para entender o que significa ser nanométrico, suponhamos que pegue um fio de cabelo muito fino, com espessura aproximada de 40 mil nanômetros, e coloque no no microscópio. A partir disso, pode-se concluir que, se pegarmos 400 de nossas nanopartículas e as empilharmos umas sobre as outras, será possível obter a espessura de um único fio de cabelo.
Os medicamentos contra o câncer são rapidamente eliminados do corpo pelos rins, porque são muito pequenos, é como se fosse água que passa por uma peneira, e por isso, acabam sem tempo para chegar ao tumor.
Claro que os medicamentos contra o câncer são eficazes, o problema é que eles são rapidamente eliminados do corpo e não acabam dentro do tumor. Mas se esses medicamentos forem dentro de nanopartículas, eles não serão eliminados pelo corpo porque as nanopartículas são muito grandes, e assim continuarão a circular no sangue, dando-lhes mais tempo para encontrar o tumor.
Desta foram, as nanopartículas podem proteger esses medicamentos, para não serem destruídos dentro do corpo. Há certos medicamentos muito importantes, mas sensíveis, que são facilmente degradados por enzimas no sangue. A menos que tenham essa proteção de nanopartículas, não conseguirão funcionar.
Outra funcionalidade das nanopartículas é que elas possuem extensões de superfície, que são como mãos minúsculas com dedos que se agarram ao tumor e se encaixam exatamente dentro dele, para que, quando as nanopartículas circularem, elas possam se fixar nas células cancerígenas, dando aos medicamentos contra o câncer mais tempo para cumprir a tarefa deles.
Apesar das nanopartículas junto com os medicamentos contra o câncer serem a solução, há um outro grande desafio para ser superado.
Um desafio muito difícil é o fígado, porque ele é o sistema de filtragem do corpo, que reconhece e destrói objetos estranhos, como vírus, bactérias e também nanopartículas. As células imunológicas do fígado comem as nanopartículas, impedindo-as de chegarem ao tumor, ou seja, elas acabam ficando presos no fígado e, na verdade, menos nanopartículas acabam chegando ao tumor.
Uma das estratégia futura encontrada pelos médicos pesquisadores para melhorar as nanopartículas, é desarmar temporariamente as células imunológicas do fígado. Isso é possível através de um medicamento de 70 anos contra a malária, que consegue impedir as células imunológicas de capturarem as nanopartículas para que assim elas pudessem escapar do fígado e continuar a jornada delas rumo ao tumor.
Outra possível estratégia para impedir que as nanopartículas fiquem presas no fígado é usar as próprias nanopartículas do corpo, que todos nós temos, como elas fazem parte do corpo, é menos provável que o fígado as identifique como estranhas e as elimina. Essas nanopartículas biológicas podem ser encontradas na saliva, no sangue, na urina, no suco pancreático.
Mas é aí que surge um outro problemas importante, como os médicos poderiam isolar essas nanopartículas biológicas em grandes quantidades sem danificá-las? A ideia desenvolvida para isso seria processar grandes quantidades de líquidos do corpo para produzir uma substância de alta qualidade e altamente concentrada de nanopartículas biológicas. Porém, essas nanopartículas ainda não estão em uso clínico, porque leva, em média, 12 anos para que algo do laboratório chegue ao armário de medicamentos das pessoas.
Portanto, é um conceito que exige muito tempo e trabalho de cientistas e médicos. O que nós resta é esperar e acreditar que tudo seja possível para a cura do câncer.