Os carros eletrificados não são mais uma aposta no cenário mundial, e sim uma realidade. Cada vez mais, vemos montadoras adaptando seus veículos para receberem tecnologias híbridas ou até mesmo 100% elétricos, como é o caso da americana Tesla de Elon Musk.
Porém todos nós sabemos também que é muito difícil de se encontrar um veículo que utilize motorização completamente elétrica em nosso dia-a-dia. Carros que utilizam a motorização híbrida (energia elétrica misturada com combustível) são vistos com muito mais frequência pelas ruas. Seria esse então um indício de que na verdade os veículos elétricos não são o futuro, mas sim os híbridos?
Vamos supor que você esteja interessado em comprar um veículo eletrificado em busca de economia de combustível e para poluir o meio ambiente da menos forma possível. Existem dois tipos de veículos com motorização elétrica conhecidos e disponíveis no mercado: São os híbridos e os elétricos.
Os carros elétricos o próprio nome já fala por si só: São veículos cujo o motor funciona com o uso de energia elétrica exclusivamente. Geralmente, estes veículos possuem um preço elevadíssimo por conta da tecnologia para sua constituição, como é o caso de qualquer veículo da Tesla, onde o modelo mais barato custa cerca de 40 mil dólares.
Já os veículos híbridos já estão mais presentes em nosso mercado e são de mais fácil acesso. Sua tecnologia é composta por um motor elétrico que funciona juntamente a um outro motor a combustão, gerando assim veículos com uma autonomia incrível de 20 km/l. Exemplos de veículos que utilizam essa tecnologia são o Ford Fusion Hybrid e o conhecido Toyota Prius, sendo que ambos possuem uma tecnologia de recarga elétrica que se dá ao aproveitar a energia gerada pela frenagem do veículo.
Além de tudo, os compradores de veículos eletrificados ainda recebem alguns benefícios como estarem isentos do IPVA e do rodízio. Mas também vale lembrar que o preço da manutenção de ambos ainda é um problema sério visto que uma bateria nova de um Toyota Prius chega a custar entre 50 e 60 mil reais, praticamente o valor de um exemplar usado e metade de um novo.
Por mais que sejam poucos, ainda conseguimos ver carros híbridos andando pelas ruas. Mas esse número fica muito maior quando comparado com os veículos elétricos. Afinal, se ambos utilizam motores elétricos, tecnologias similares e o motor 100% elétrico ajuda ainda mais o meio-ambiente, por que os vemos tão pouco?
Não é muito difícil de se descobrir o porquê os veículos elétricos não vingam de vez não apenas no Brasil como no mundo. Basta olhar para os preços incrivelmente altos destes veículos em comparação aos híbridos e a desvalorização que sofrem muito por conta da manutenção caríssima e do rápido desgaste dos veículos.
Um ponto que pesa muito também, além dos preços elevados e da manutenção cara, é a autonomia dos veículos elétricos. Quando levamos em consideração que é possível se ter um veículo que pode fazer 800 km com um tanque (Fusion híbrido) e um outro que pode fazer no máximo 400 km sendo que o de 800 é mais barato, fica clara a preferência.
Aproveitando o ponto de autonomia, outro problema que os elétricos enfrentam é a extensão de pontos para recargas dos veículos. Países como os Estados Unidos já possuem uma boa parte de pontos de recarga pelo seu território, mas aqui no Brasil isso seria um sonho distante. Além disso, o Brasil está preferindo investir em um veículo híbrido que utiliza etanol (provavelmente o primeiro será o novo Corolla) para ajudar a expandir ainda mais o mundo dos carros híbridos no país.
Sem dúvidas os veículos com motores elétricos são o futuro do mundo, mas não 100% eletrificados, de fato. Além de serem de uma construção extremamente complexa, possuírem uma tecnologia muito cara e preços altíssimos, não existe benefício nenhum oferecido pelo governo que ajude a propagar um veículo desse estilo, ainda mais com uma autonomia tão baixa.
Por essa razão que vemos os veículos híbridos como o futuro do mundo automotivo, visto que não seriam necessárias mudanças tão drásticas na chegada dos pontos de alimentação dos veículos, a produção de energia não precisaria ser aumentada e ainda por cima países com menos infraestrutura também poderiam receber veículos com motores elétricos com maior facilidade.