Novo tratamento contra o câncer no Brasil eliminou a doença de paciente

Um publicitário de 61 anos, enfrentava um câncer devastador sem esperanças de melhora, até que uma revolucionária terapia contra o câncer mudou sua vida. Com um histórico de cânceres, incluindo um de próstata em 2010 e dois linfomas não Hodgkin em 2018 e 2019, Paulo estava em uma situação desesperadora.
Publicado em Saúde dia 30/05/2023 por Alan Corrêa

Um publicitário de 61 anos, enfrentava um câncer devastador sem esperanças de melhora, até que uma revolucionária terapia contra o câncer mudou sua vida. Com um histórico de cânceres, incluindo um de próstata em 2010 e dois linfomas não Hodgkin em 2018 e 2019, Paulo estava em uma situação desesperadora.

Diante da falta de resultados dos tratamentos convencionais e do linfoma em progressão, os médicos cogitaram iniciar cuidados paliativos, uma medida para aliviar o sofrimento do paciente até sua morte. No entanto, Paulo foi selecionado para um tratamento inacessível à maioria: a terapia CAR-T, desenvolvida pelo Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP (Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo) em parceria com a USP e o Instituto Butantan.

Resumidamente, o procedimento consiste na extração das células de defesa do paciente com câncer, que são geneticamente modificadas em laboratório para, posteriormente, serem reintroduzidas no corpo, com o objetivo de destruir as células cancerígenas.

Dos poucos pacientes tratados com essa terapia no país, em 60% deles o câncer desapareceu em apenas 30 dias. E isso é exatamente o que aconteceu com Paulo, o publicitário afortunado.

Embora a terapia com células CAR-T esteja disponível em poucos países e tenha um custo de cerca de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões, além de ser indicada apenas para certos tipos de câncer, como linfoma, leucemia e mieloma, ainda há pesquisas em andamento para expandir sua aplicação a outros tumores.

Antes de receber o tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Paulo passou por duas tentativas fracassadas de coleta de células no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em fevereiro, sua condição grave exigiu hospitalização em Niterói, onde reside. Somente em março, após se recuperar, ele recebeu suas células tratadas na capital paulista.

Paulo permaneceu na UTI desde então, passou para um quarto e, no último domingo, recebeu alta médica, encerrando assim sua jornada triunfante contra o câncer.

Até o momento, 13 pacientes, incluindo Paulo, foram submetidos ao tratamento com células CAR-T no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).

*Com informações do R7, G1, SUS e Band.