O BMW Série 1 de nova geração desembarcou no Brasil neste mês de novembro com um aspecto mais jovial e novas tecnologias para competir no já disputadíssimo nicho de hatches Premium no mercado.
Cada vez mais os veículos hatch vem perdendo espaço para os SUVS, mas nada que os impeça de serem vendidos e de terem uma legião de fãs ao redor do mundo. O carro no aspecto visual agradou, mas no restante causa certos sustos.
Assim como era de se esperar, o Série 1 adotou o visual mais recente dos modelos mais novos da BMW, como o X2 e a nova geração do X1. Alguns traços também remetem aos modelos da Mini, marca pertencente ao portfólio da montadora alemã.
A grande grade frontal segue a mesma linha que a marca vem adotando na Série 3, e na linha X no geral, dando um grande destaque ao veículo. Na parte traseira, vemos lanternas e um desenho não tão arrojado quanto o X2, mas parecido com o X1 com um leve toque do Mini Cooper, dando um ar de sofisticação e esportividade simultaneamente ao veículo. As rodas de aro 17 também fazem presença no Série 1.
Embora o carro tenha ficado menor, com 4,139 metros (5 mm a menos do que a antiga geração), o espaço interno aumentou e a capacidade do porta-malas foi elevada para 380 litros, 20 a mais do que o original.
Um dos maiores problemas do Série 1 antigo era justamente o interior, que já se via defasado em comparação aos concorrentes, o que prejudicava muito o veículo ainda mais levando em consideração seu preço.
Mas esse problema foi solucionado adotando o novo conceito de interior da marca ao modelo. Lembrando muito o Série 3, seu interior conta com painel digital, uma central multimídia completa de 8,8 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas, revestimento que imita couro e assistente de estacionamento.
Além do design descolado, o que conquistou principalmente os fãs do Série 1 foi seu motor forte e ágil. Era um motor 2.0 turbo que rendia 184 cv de potência, levando muita diversão para quem está ao volante.
Existe aquele ditado que “time que está ganhando não se mexe”, logo, a BMW deveria fazer isso, certo? Pois bem, eles decidiram trocar o antigo 2.0 por um 1.5 turbo de 140 cv de potência e 22,4 kgfm de torque, o mesmo do X2.
O motor não é ruim (longe disso!), mas é contraditório a identidade que o modelo criou e pelo preço cobrado pelo mesmo. São 175 mil reais pedidos na Série 1 2020, cerca de 100 mil reais a menos que um Sandero RS que, embora não tenha o mesmo requinte do hatch bávaro, anda mais.
Caso você ainda queira um Série 1 e não esteja contente com a perda de 44 cv no motor, as concessionárias ainda vendem a Série 1 da antiga geração com o motor 2.0 por 9 mil reais a menos.