O Ministério da Saúde está empenhado em expandir e simplificar o diagnóstico e tratamento da hepatite B no Sistema Único de Saúde (SUS). Com base em novas diretrizes fundamentadas em evidências científicas atualizadas, a pasta espera superar significativamente o número de pessoas em tratamento, com a expectativa de aumentar de 41 mil para até 100 mil pacientes beneficiados.
As medidas propostas incluem ações preventivas, como a disponibilização de vacinas contra as hepatites A e B, além da ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento para os tipos B e C da doença. O objetivo ambicioso do governo é eliminar a ocorrência dessas doenças até o ano de 2030.
Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, ressaltou a importância da retomada das ações preventivas, mencionando a redução nos esforços de prevenção ao longo dos últimos anos, especialmente relacionada à distribuição de seringas, essenciais nesse processo.
Em relação às metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde pretende atingir um alto nível de desempenho. Para as hepatites B e C, a meta é diagnosticar 90% das pessoas, tratar 80% dos diagnosticados e reduzir em 90% as novas infecções, além de reduzir em 65% a mortalidade associada a essas doenças.
Segundo dados do Ministério, estima-se que aproximadamente 520 mil pessoas no Brasil possuam hepatite C, porém ainda sem diagnóstico e tratamento adequado. Até o ano de 2022, cerca de 150 mil pessoas foram diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C.
Quanto à hepatite B, estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam com a doença no país, sendo que 700 mil ainda não receberam diagnóstico. Até o ano mencionado, 264 mil pacientes haviam sido diagnosticados com a doença, e apenas 41 mil estavam em tratamento.
Com essas novas diretrizes e metas ambiciosas, o Ministério da Saúde busca melhorar significativamente o enfrentamento das hepatites virais no Brasil, visando proporcionar um tratamento mais acessível e eficaz a um número cada vez maior de pessoas afetadas, além de trabalhar arduamente na prevenção e erradicação dessas doenças até a próxima década.
*Com informações da Agência Brasil.