O que era para ser apenas a retirada de um dente do siso acabou se transformando em uma tragédia para a família de Juan, um jovem de 20 anos que morreu após desenvolver uma infecção grave. Segundo relatos de sua mãe, Tatiane, ele era saudável, mas após o início do nascimento do dente, passou a sentir dores que se agravaram rapidamente. Internado primeiro em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, e depois transferido para Bauru, interior de São Paulo, Juan foi submetido a três cirurgias. Nenhuma delas conseguiu reverter o quadro já crítico.
Pontos Principais:
A infecção que acometeu Juan teve origem provavelmente em bactérias alojadas sob a gengiva, onde o siso, ao começar a nascer, cria uma região de difícil acesso para higienização. Especialistas em cirurgia bucomaxilofacial explicam que, nesse cenário, restos alimentares e microrganismos podem se acumular, desencadeando processos infecciosos graves. Se não tratadas rapidamente, essas infecções ganham a corrente sanguínea e evoluem para uma infecção generalizada, com risco elevado de morte, como ocorreu no caso do jovem.
Relatos de outros pacientes mostram que o perigo não é isolado. Patrícia, por exemplo, também enfrentou uma infecção após extrair um dente do siso. Depois de atendimento emergencial e uso prolongado de antibióticos, ela permaneceu quase oito meses sem sensibilidade na língua, evidenciando que mesmo procedimentos aparentemente simples podem gerar complicações sérias. Ela destaca a importância de buscar profissionais especializados, o que fez nas cirurgias seguintes, que transcorreram sem novos problemas.
A posição dos dentes do siso, localizados nos extremos da arcada dentária, dificulta o acesso e a correta limpeza. Por isso, qualquer procedimento envolvendo esses dentes exige cautela extrema. Os cuidados após a extração incluem a restrição de esforços físicos, uso contínuo de gelo para conter o inchaço e o sangramento, além da prescrição e uso rigoroso de antibióticos. A combinação dessas medidas visa conter a inflamação inicial e impedir que a infecção se espalhe de forma sistêmica.
Diante da gravidade que infecções bucais podem atingir, especialistas recomendam que antes de qualquer intervenção, principalmente a retirada de sisos, seja feita uma avaliação criteriosa da saúde geral do paciente. Em alguns casos, exige-se autorização de cardiologista e outros exames específicos para garantir que não haja riscos ocultos. A escolha de profissionais experientes, somada ao acompanhamento atento no pós-operatório, pode reduzir drasticamente os riscos de complicações fatais.
Fonte: G1, Youtube e Campograndenews.
