Isabelle Matias Feitosa, uma jovem de 22 anos, passou quase uma semana na cadeia tentando provar que não fazia parte de uma quadrilha de estelionato. Ela estava entre os 11 presos durante uma operação policial contra um falso consórcio para venda de carros. Isabelle, que estava no seu primeiro dia de trabalho, foi surpreendida com a ação da polícia. A empresa para a qual ela trabalhava foi fechada e ela deixou a cadeia ontem após uma ordem judicial.
Segundo as investigações, as publicações eram feitas em redes sociais e anunciavam consórcios para aquisição de motocicletas e carros com preços bem abaixo dos de mercado. As vítimas do golpe eram atraídas para um escritório de fachada que funcionava em um prédio específico. Elas eram convencidas a dar um sinal entre mil e cinco mil reais com esse valor já teria um direito a pegar o carro. Mas, assim como o contrato, a promessa também era falsa.
O advogado de Isabelle acredita que houve erro na condução do processo e que a autoridade policial deveria ter ouvido Isabelle da qualidade de vítima ou testemunha, liberando-a mediante o compromisso com o poder judiciário, evitando uma prisão completamente desnecessária e injustificada. Depois de Isabelle, outros cinco apontados como suspeitos dos crimes de tentativa de estelionato e associação criminosa conseguiram na justiça a decisão para deixar o presídio.
A jovem responde ao processo em liberdade e diz não saber quem são os chefes do esquema. Ela quer que o caso seja esclarecido e que seja feita justiça. Isabelle acredita que existe uma pessoa bem grande acima, que pode estar enganando todos eles. Ela quer que sua inocência seja provada para que possa seguir sua vida de cabeça erguida.