No último parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um novo medicamento injetável recebeu o aval para prevenir infecções pelo vírus HIV, tornando-se a primeira substância desse tipo a obter a aprovação no país. Anteriormente, o tratamento consistia na combinação de dois medicamentos administrados por via oral, o tenofovir e a entricitabina, disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017. Agora, a injeção aprovada é feita com o cabotegravir, que demonstra ter um tempo de ação prolongado e é recomendada após a exposição ao vírus.
A eficácia do novo medicamento, aprovado no ano passado pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos e recomendado pela Organização Mundial da Saúde, é quase 70% superior à comprovada com o uso de comprimidos. Os estudos demonstraram resultados promissores, o que impulsionou a autorização do medicamento pela Anvisa. No entanto, ainda não há uma data definida para a comercialização do remédio no Brasil, pois o Ministério da Saúde precisa viabilizar seu uso pelo SUS.
A chegada desse novo medicamento injetável representa um avanço significativo no combate ao HIV/AIDS, fornecendo uma alternativa mais eficaz para a prevenção do vírus. A expectativa é de que, com a incorporação dessa substância ao arsenal terapêutico disponível, seja possível ampliar ainda mais as medidas preventivas e controlar a disseminação da doença.
É importante ressaltar que a prevenção do HIV/AIDS deve ser uma preocupação constante e compartilhada por toda a sociedade. Além do uso de medicamentos, a adoção de práticas seguras, como o uso de preservativos, a realização de testes regulares e a conscientização sobre a importância da prevenção, são fundamentais para combater essa epidemia global. O avanço científico representado pela aprovação desse medicamento injetável traz esperança para milhões de pessoas em todo o mundo, fortalecendo a luta contra o vírus HIV.
*Com informações da Radio2.