De acordo com a ONU, a China está prestes a perder seu título de país mais populoso do mundo para a Índia, devido a uma queda significativa em sua população.
Em 2020, a população chinesa caiu em cerca de 850 mil habitantes, a maior queda desde a grande fome de 1961. A taxa de mortalidade do país foi a mais baixa em 49 anos, mas a taxa de natalidade foi a mais baixa já registrada. Como resultado, especialistas projetam que a população chinesa vai diminuir em 109 milhões até 2050, o que é mais do que o triplo da projeção feita em 2019.
A principal causa dessa queda demográfica é a política do filho único que foi imposta na China de 1980 a 2015, bem como os altos custos de educação, que levaram muitos chineses a pensar duas vezes antes de ter filhos. Além disso, as rigorosas políticas de Covid-19 do governo chinês, que estão em vigor há três anos, também têm sido apontadas como um dos fatores que afetaram negativamente as perspectivas demográficas do país.
Enquanto isso, a população da Índia continua a crescer rapidamente e deve ultrapassar a da China ainda este mês, tornando-se o país mais populoso do mundo. De acordo com o último censo, a população indiana cresceu em 210 milhões de pessoas em apenas 12 anos, o que é equivalente a adicionar uma população inteira do Brasil. A Índia tem uma taxa de fertilidade mais alta do que a China, o que pode explicar em parte seu rápido crescimento populacional.
Essas mudanças dos dois países terão impactos significativos em muitas áreas, desde a economia até a política. Por exemplo, a China está enfrentando um envelhecimento acelerado da população e uma diminuição da força de trabalho, o que pode afetar sua posição como potência econômica mundial. Por outro lado, o crescimento populacional da Índia pode trazer desafios em termos de recursos naturais, infraestrutura e emprego.
*Com informações da TVBrasil.