Índia ataca Paquistão com mísseis na Caxemira após massacre a turistas hindus

Explosões atingiram a Caxemira paquistanesa após a Índia lançar mísseis contra nove alvos ligados ao terrorismo. A ação foi resposta a um ataque anterior que matou 26 turistas hindus em Pahalgam. O governo indiano afirmou que evitou atingir instalações militares e agiu comedidamente, mas o Paquistão disse que oito civis morreram, incluindo uma criança. Com o espaço aéreo fechado e tensão na fronteira, ONU pede contenção a dois países com arsenal nuclear.
Publicado por Alan Correa em Mundo dia 6/05/2025

O confronto entre Índia e Paquistão voltou a escalar nesta terça-feira (6), quando o governo indiano confirmou um ataque com mísseis a nove alvos em território paquistanês na região da Caxemira. A operação, batizada de Sindoor, foi realizada como represália a um atentado ocorrido no último dia 22, que vitimou 26 turistas indianos em Pahalgam. Segundo Nova Déli, a ofensiva foi direcionada a estruturas que abrigavam terroristas, evitando bases militares e priorizando a precisão.

Pontos Principais:

  • Índia lançou mísseis contra nove alvos na Caxemira paquistanesa.
  • O ataque foi resposta a atentado que matou 26 turistas hindus.
  • Paquistão diz que oito civis morreram e promete retaliação.
  • ONU pede contenção entre dois países que têm arsenal nuclear.

O Paquistão contestou a versão e acusou a Índia de atingir diretamente três locais civis, o que resultou em oito mortes — entre elas a de uma criança — e 35 feridos. Islamabad prometeu responder à altura e anunciou o fechamento do espaço aéreo por 48 horas. Vários voos foram desviados e a energia elétrica foi cortada em Muzaffarabad, uma das cidades afetadas pelas explosões, segundo testemunhas.

Ainda de acordo com a polícia indiana, militares paquistaneses responderam à ação com disparos contra o lado indiano da fronteira, ferindo duas mulheres. Tropas indianas revidaram, e o confronto não deixou mortos. A tensão já vinha aumentando desde o atentado de abril, que foi atribuído a um grupo até então desconhecido chamado “Resistência da Caxemira”, e que teria ligação com militantes abrigados no Paquistão.

Nova Déli justificou sua ação como limitada e racional, alegando que nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvejada. Em comunicado oficial, o governo indiano afirmou que agiu com contenção para evitar uma escalada e culpou o vizinho por dar abrigo a grupos armados responsáveis pelo massacre de turistas. O Paquistão, por outro lado, nega qualquer envolvimento e afirma que já previa um possível ataque indiano.

A região da Caxemira, localizada entre montanhas do Himalaia, é disputada pelos dois países desde 1947 e segue sendo um dos principais focos de atrito entre as duas potências nucleares. Atualmente, ela é dividida de fato entre Índia, Paquistão e China, embora todos os lados reivindiquem soberania total. O histórico de conflitos armados e acusações mútuas torna qualquer incidente um risco de escalada regional.

No dia seguinte ao ataque, relatos da imprensa local e da Reuters confirmaram explosões em ao menos três localidades na Caxemira paquistanesa, com reforço de segurança nas ruas e clima de tensão crescente. Fontes militares ouvidas por canais paquistaneses também prometeram uma resposta rápida e proporcional, o que eleva o nível de alerta para novos confrontos nos próximos dias.

Em meio à escalada, a Organização das Nações Unidas interveio pedindo máxima contenção de ambas as partes. O histórico de guerra e a posse de armamento nuclear pelos dois lados tornam a atual crise ainda mais preocupante. Especialistas internacionais monitoram a situação de perto, temendo que novos episódios de violência comprometam a segurança regional e internacional.

Fonte: UOL e CNN.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.