Inah Canabarro Lucas: Mulher mais velha do mundo moreu aos 116 anos; veja quem assume o lugar de pessoa viva mais velha
Inah Canabarro Lucas morreu nesta quarta-feira, 30 de abril de 2025, em Porto Alegre (RS), aos 116 anos e 326 dias. Religiosa da congregação de Santa Teresa de Jesus, ela era reconhecida oficialmente como a pessoa mais velha do mundo, segundo o levantamento da entidade LongeviQuest. A brasileira nasceu em 27 de maio de 1908, em São Francisco de Assis (RS), período em que a República ainda dava seus primeiros passos no país.
Pontos Principais:
- Inah Canabarro Lucas morreu aos 116 anos e 326 dias.
- Era freira da Congregação de Santa Teresa desde os 19 anos.
- Foi reconhecida oficialmente como a pessoa mais velha do mundo.
- Recebeu bênção do papa aos 110 anos e viveu em Porto Alegre.
- Com sua morte, o título passou para a britânica Ethel Caterham.
Sua história de vida chamou atenção por diversos aspectos. Médicos duvidavam que sobreviveria além da infância, mas ela contrariou previsões ao alcançar uma das idades mais longevas já registradas. Ingressou na vida religiosa aos 19 anos e permaneceu fiel à missão espiritual até seus últimos dias. Em 2018, ao completar 110 anos, recebeu uma bênção apostólica enviada diretamente pelo papa Francisco.
Inah era descendente do general David Canabarro, uma das figuras centrais da Revolução Farroupilha. Além da religiosidade marcante, era também torcedora assumida do Sport Club Internacional, fundado poucos meses após seu nascimento. O clube homenageou sua torcedora ilustre com uma publicação que destacou sua dedicação à fé, à bondade e ao amor pelo “Clube do Povo”.
A freira residia há décadas em Porto Alegre, sendo acompanhada de perto pela Arquidiocese local. Ela vivenciou transformações históricas profundas: viu o Brasil atravessar a Primeira República, duas guerras mundiais, ditaduras, redemocratizações, papados e revoluções tecnológicas. O Grêmio havia sido fundado apenas cinco anos antes de seu nascimento.
Com a morte de Irmã Inah, o título de pessoa mais velha do mundo agora pertence à britânica Ethel Caterham, de 115 anos e 252 dias, residente em Surrey, Inglaterra. A nova detentora do posto também é acompanhada pela mesma organização que mantinha o registro da brasileira.
O Brasil, no entanto, ainda conserva outro nome nos registros de longevidade. O cearense João Marinho Neto foi confirmado pelo Guinness World Records como o homem mais velho do mundo após a morte do britânico John Tinniswood. Ele completou 112 anos e 207 dias na cidade de Apuiarés (CE), mantendo o país no mapa da longevidade extrema.
A trajetória de Inah Canabarro Lucas é, segundo seus relatos, marcada por uma fé inabalável. Quando questionada sobre o segredo da vida longa, ela creditava a Deus. “Ele é o segredo da vida. Ele é o segredo de tudo”, declarou ao LongeviQuest. A simplicidade da resposta reflete a espiritualidade com que conduziu mais de um século de existência.
Quem é a pessoa mais velha viva atualmente?
Ethel Caterham, nascida Ethel May Collins em 1909 no vilarejo de Shipton Bellinger, na Inglaterra, tornou-se em 30 de abril de 2025 a pessoa viva mais velha do mundo, aos 115 anos e 252 dias. A britânica não é apenas a última súdita sobrevivente do rei Eduardo VII, mas também a pessoa mais longeva do Reino Unido em todos os tempos. Com uma vida marcada por deslocamentos entre colônias britânicas, criação de filhos, tragédias familiares e uma impressionante longevidade, Ethel representa um elo vivo com o início do século XX, mantendo lucidez, bom humor e frases como “levar tudo na esportiva” como lema.
Viúva desde 1976 e com as duas filhas já falecidas, Ethel vive atualmente em uma casa de repouso em Lightwater, no condado de Surrey. Até os 97 anos ainda dirigia, e já centenária, mantinha o hábito de jogar bridge. Em 2020, superou a COVID-19 e, desde então, passou a receber visitas cerimoniais, homenagens públicas e atenção da mídia local. Ao completar 115 anos, recebeu felicitações do próprio rei. A história de Ethel, marcada por resiliência e discrição, ganha agora nova projeção internacional após a morte da brasileira Inah Canabarro Lucas, com quem compartilha o mesmo símbolo: o de testemunha de mais de um século de transformações humanas.
Fonte: Wikipedia, Gerontology e CNN.
