O episódio que poderia ter passado despercebido como mais um voo rotineiro entre Porto Alegre e São Paulo se transformou em um alerta para companhias aéreas e autoridades de aviação. Em pleno voo AD6035 da Azul, realizado em 24 de fevereiro, um homem se passou por comandante da Gol para tentar acessar a cabine de comando de um Airbus A320.
Pontos Principais:
O passageiro vestia uniforme completo de piloto, com quatro listras nos ombros e um cordão de crachá da Gol, mas não possuía o crachá em si. Em vez disso, portava um Certificado de Habilitação Técnica (CHT), documento que atesta formação como piloto, mas que por si só não comprova vínculo com uma companhia aérea.

Durante o voo, o homem se aproximou da tripulação e disse ser recém-promovido, com sete anos de experiência na Gol, e que estaria indo para a base no Rio de Janeiro. A conversa, no entanto, chamou atenção dos comissários por inconsistências e pela tentativa incomum de interação em voo.
Quando o comandante real saiu da cabine por instantes, o suposto colega tentou entrar, solicitando acesso direto à cabine. O pedido foi prontamente recusado pela equipe da Azul, que seguiu rigorosamente os protocolos de segurança da aviação civil brasileira e internacional.
A situação gerou preocupação adicional quando foi verificado que o homem havia embarcado com um bilhete regular. Tripulantes uniformizados, em geral, utilizam bilhetes especiais reservados com antecedência — o chamado “passe livre” — e não passagens comerciais comuns.
Tanto a Azul quanto a Gol confirmaram a ocorrência. A primeira informou que o caso foi tratado como uma medida preventiva de segurança e relatado imediatamente às autoridades. A Gol comunicou a situação internamente para orientar sua equipe sobre riscos semelhantes.
O incidente reacende o debate sobre os procedimentos de identificação de tripulantes em voos comerciais e mostra a importância da atuação criteriosa das equipes a bordo. A segurança, mais uma vez, se provou uma prioridade absoluta, evitando um potencial problema em pleno ar.
Fonte: G1.
