Homem finge ser piloto da Gol e tenta entrar na cabine de avião da Azul durante voo comercial

Vestindo uniforme da Gol, um homem tentou se passar por comandante e pediu acesso à cabine de um voo da Azul entre Porto Alegre e Congonhas. Alegando ser recém-promovido, ele puxou conversa com os comissários, que desconfiaram de inconsistências em seu relato. A tripulação seguiu os protocolos e impediu a entrada. O falso piloto portava apenas o CHT, mas não possuía crachá funcional nem passagem de tripulante, o que reforçou a suspeita. O caso foi comunicado às autoridades.
Publicado por Alan Correa em Economia dia 24/04/2025

O episódio que poderia ter passado despercebido como mais um voo rotineiro entre Porto Alegre e São Paulo se transformou em um alerta para companhias aéreas e autoridades de aviação. Em pleno voo AD6035 da Azul, realizado em 24 de fevereiro, um homem se passou por comandante da Gol para tentar acessar a cabine de comando de um Airbus A320.

Pontos Principais:

  • Homem se passou por piloto da Gol e tentou acessar cabine de avião da Azul.
  • Tripulação desconfiou do comportamento e negou o pedido de entrada na cabine.
  • Falso piloto usava uniforme e CHT, mas não tinha crachá nem bilhete de tripulante.
  • Casos como esse reforçam a importância de protocolos de segurança aérea.

O passageiro vestia uniforme completo de piloto, com quatro listras nos ombros e um cordão de crachá da Gol, mas não possuía o crachá em si. Em vez disso, portava um Certificado de Habilitação Técnica (CHT), documento que atesta formação como piloto, mas que por si só não comprova vínculo com uma companhia aérea.

Um voo entre Porto Alegre e Congonhas se tornou palco de um episódio inusitado e preocupante de segurança aérea.
Um voo entre Porto Alegre e Congonhas se tornou palco de um episódio inusitado e preocupante de segurança aérea.

Durante o voo, o homem se aproximou da tripulação e disse ser recém-promovido, com sete anos de experiência na Gol, e que estaria indo para a base no Rio de Janeiro. A conversa, no entanto, chamou atenção dos comissários por inconsistências e pela tentativa incomum de interação em voo.

Quando o comandante real saiu da cabine por instantes, o suposto colega tentou entrar, solicitando acesso direto à cabine. O pedido foi prontamente recusado pela equipe da Azul, que seguiu rigorosamente os protocolos de segurança da aviação civil brasileira e internacional.

A situação gerou preocupação adicional quando foi verificado que o homem havia embarcado com um bilhete regular. Tripulantes uniformizados, em geral, utilizam bilhetes especiais reservados com antecedência — o chamado “passe livre” — e não passagens comerciais comuns.

Tanto a Azul quanto a Gol confirmaram a ocorrência. A primeira informou que o caso foi tratado como uma medida preventiva de segurança e relatado imediatamente às autoridades. A Gol comunicou a situação internamente para orientar sua equipe sobre riscos semelhantes.

O incidente reacende o debate sobre os procedimentos de identificação de tripulantes em voos comerciais e mostra a importância da atuação criteriosa das equipes a bordo. A segurança, mais uma vez, se provou uma prioridade absoluta, evitando um potencial problema em pleno ar.

Fonte: G1.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.