Há beleza e verdade unidas na física?

No campo da física a beleza é um critério adequado para escolher a teoria certa. O físico Murray Gell-Mann ganhador do Prêmio Nobel de Física, por introduzir quarks, um dos dois ingredientes fundamentais para toda a matéria do universo. Revela em uma palestra TED de março de 2007, que “Nós expressamos as coisas matematicamente. E […]
Publicado em Ciência dia 18/02/2020 por Alan Corrêa

No campo da física a beleza é um critério adequado para escolher a teoria certa. O físico Murray Gell-Mann ganhador do Prêmio Nobel de Física, por introduzir quarks, um dos dois ingredientes fundamentais para toda a matéria do universo. Revela em uma palestra TED de março de 2007, que “Nós expressamos as coisas matematicamente. E quando a matemática é bem simples, em termos de notação matemática, você pode escrever a teoria em um pequeno espaço, sem muita complicação. Isso é essencialmente o que chamamos de beleza ou elegância.”

A teoria

Murray Gell-Mann estuda sobre partículas elementares, e Isaac Newton acreditava que encontrar a lei básica era o trabalho da filosofia natural. Mas a suposição é que a lei básica realmente tem a forma de uma teoria unificada de todas as partículas. O que agora, alguns chamam de Teoria de Tudo.

A teoria unificada fundamental das partículas e forças, é denominada de “lei fundamental”. Mas a história do universo não é determinada só pela lei fundamental, é isso e muitas outras série de inacreditáveis acidentes, ou ao acaso, que também faz parte.

Os físicos, portanto, expressaram as teorias iniciais por equações. A teoria é mecânica quântica. Pode até ser que existem coisas erradas sobre ela, mas o principal é que ela prevê probabilidades. Algumas vezes essas probabilidades são quase certezas. E em vários casos comuns, com certeza são. Mas outras vezes não são, e temos apenas probabilidades de resultados diferentes.

Diante de tudo isso, as equações de Maxwell, é bem clara que são simétricas em todas as rotações pelo espaço, o que não iria fazer diferença se viramos elas em ângulos diferentes pelo espaço, elas não muda o fenômeno da eletricidade ou do magnetismo. Há uma nova notação no século XIX que mostra isso, e se usar essa notação, a equação fica simples. Então Einstein, com sua teoria especial da relatividade, olhou para o conjunto de simetrias das equações de Maxwell, e as chamou de relatividade especial. E aquelas simetrias, então, fizeram as equações mais curtas e, portanto, mais belas. Ou seja, quanto mais simetria, melhor se mostra a simplicidade e elegância da teoria.

“Acreditamos existir uma teoria unificada escondida em toda essa regularidade. Os passos em direção à unificação mostram simplicidade. Simetria evidencia esta simplicidade. E então há semelhança através das escalas. Semelhança por elementos próximos. E isso responde por esse fenômeno. E isto responde sobre a questão porque a beleza é um critério de sucesso para selecionar a teoria certa.” Finaliza o físico Murray Gell-Mann.