Os metroviários de São Paulo aceitaram uma proposta e encerraram a greve no metrô nesta sexta-feira (24).
Uma assembleia do Sindicato dos Metroviários decidiu nesta sexta-feira, dia 24, aceitar a proposta do governo paulista e encerrar a greve da categoria, que havia começado no dia anterior. A paralisação afetou quatro linhas do Metrô de São Paulo: a 1-Azul, a 2-Verde, a 3-Vermelha e a 15-Prata, incluindo o Monotrilho da zona leste, que juntas transportam cerca de 2,8 milhões de passageiros por dia. As estações começaram a reabrir gradualmente pela manhã e desde as 12h45 o funcionamento está normalizado, de acordo com a empresa.
Durante os dois dias de greve, passageiros enfrentaram dificuldades para pegar ônibus e trens da CPTM, que ficaram lotados. Também houve reclamações sobre o aumento dos preços nos aplicativos de transporte. A Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio de veículos continuará suspenso nesta sexta-feira e a SPTrans determinou que as empresas de ônibus mantenham a frota operacional em 100% ao longo do dia.
Os trabalhadores decidiram aceitar a proposta apresentada pela gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que incluía o pagamento de um abono de R$ 2 mil e a criação de um Programa de Participação nos Resultados a ser pago em 2024. A categoria reivindicava um abono de R$ 7,5 mil referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. A votação para encerrar a greve foi bastante acirrada, com uma diferença de apenas 21 votos: 1480 trabalhadores foram favoráveis ao fim dos protestos, enquanto 1459 se manifestaram contrários à decisão.
“Embora a proposta seja ruim, achamos importante aceitar a proposta do Metrô e sair da greve, pois não existe condição de continuar o movimento no fim de semana. A proposta é aceitar com todas as críticas que ela merece, mas para sairmos por cima, mostrando que quem se importa com a população somos nós”, disse Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, pouco antes do início da votação.