Greve busca piso salarial da enfermagem e pergunta quando entra em vigor

Hoje, profissionais da enfermagem em todo o país fizeram um dia de greve pela implementação do piso salarial nacional da categoria. No Rio de Janeiro, houve um ato em frente a um hospital.
Publicado em Trabalho dia 10/03/2023 por Alan Corrêa

Hoje, profissionais da enfermagem em todo o país fizeram um dia de greve pela implementação do piso salarial nacional da categoria. No Rio de Janeiro, houve um ato em frente a um hospital.

No Hospital Municipal Souza Aguiar, trabalhadores da enfermagem estão mobilizados para pressionar a implementação do piso salarial da categoria. A lei que garante este direito foi aprovada pelo Congresso Nacional, mas está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal devido a um impasse orçamentário.

A lei estabelece o valor mínimo para o salário dos enfermeiros em R$4.750, para os técnicos de enfermagem R$3.325 e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, o piso seria de R$2.375. Para resolver o impasse orçamentário, os trabalhadores esperam a edição de uma Medida Provisória pelo Governo Federal, que indique as fontes de custeio para a implementação do piso salarial.

Muitos profissionais têm salários abaixo desses valores e são insuficientes para as despesas básicas. Alguns precisam de ajuda financeira dos familiares para arcar com as suas despesas dentro de casa. Mesmo com salários considerados baixos, os profissionais lembram que durante a pandemia foram os que atuaram na linha de frente, expostos ao perigo de um vírus mortal. A enfermagem foi a categoria que mais morreu no hospital, nas clínicas e casas de saúde.

Algumas instituições de saúde entraram na justiça para tentar impedir a greve iniciada hoje, mas o Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região concedeu uma liminar para que a realização pudesse acontecer, desde que fossem respeitados os percentuais mínimos de profissionais em atividade. No caso da rede privada, 80% dos profissionais não podem se aposentar dos postos de trabalho, enquanto o percentual mínimo para a rede pública é estabelecido por lei em 30%, e não podem abandonar as atividades.

O Ministério da Saúde informou que o tema é uma das prioridades da pasta e que dialoga com as entidades que representam a categoria, além de parlamentares, estados e municípios para construir uma solução.

*Com informações do G1, Metropoles, Bagarai e TVBrasil.