O Doodle de hoje celebra o 150º aniversário de Julieta Lanteri, uma médica ítalo-argentina e a primeira mulher a votar na Argentina e na América do Sul.
Ela foi uma defensora ferrenha dos direitos das mulheres e trabalhou incansavelmente para melhorar a saúde. Nesta quarta-feira (22) o Google preparou uma homanagem para Julieta Lanteri em sua página inciial.
Lanteri nasceu neste dia na Itália em 1873. Sua família emigrou para a Argentina quando ela tinha seis anos. Ela se tornou a primeira mulher a frequentar a Escola Nacional de La Plata e depois estudou farmacologia na Universidade de Buenos Aires. Ela obteve seu diploma de medicina em 1907 – uma das primeiras cinco mulheres a fazê-lo na Argentina! Pelos próximos 13 anos, Lanteri viajou regularmente para a Europa para trabalhar em hospitais e aprender sobre a saúde das mulheres e das crianças.
Além de suas habilidades como médica, Lanteri também foi uma sufragista. Em 1910, ela ajudou a organizar o primeiro Congresso Internacional de Mulheres. No ano seguinte, ela obteve a cidadania argentina e tornou-se a primeira mulher a votar na América do Sul quando votou nas eleições do Conselho Deliberativo. Após esta conquista monumental, a Lei Eleitoral foi alterada para exigir serviço militar – apenas homens podiam se alistar.
Apesar dos constantes obstáculos que enfrentou, Lanteri não recuou. Ela criou seu próprio partido político, a União Feminista Nacional, e concorreu ao cargo de Deputada Nacional de 1919 a 1932. A plataforma do partido defendia o sufrágio universal, a igualdade de gênero, condições de trabalho justas, apoio à infância, benefícios de maternidade e muito mais.
As mulheres argentinas finalmente foram concedidas o direito oficial de voto em 1947. Embora ela não pudesse testemunhar isso com seus próprios olhos, as contribuições de Lanteri, sem dúvida, ajudaram a tornar este sonho realidade. Sua determinação feroz é lembrada em toda a América do Sul. Feliz aniversário, Julieta Lanteri!
Em 23 de fevereiro de 1932, enquanto caminhava pela avenida Roque Sáenz Peña, no centro de Buenos Aires, Lanteri foi atropelada por um veículo cujo motorista fugiu do local. Após dois dias internada no hospital, a médica e ativista faleceu aos 58 anos de idade. Seu funeral reuniu mais de mil pessoas.
Embora a polícia tenha tratado o incidente como um acidente, a jornalista do El Mundo, Adelia Di Carlo, questionou o caso. O jornal noticiou detalhes do acidente, incluindo o fato de que o relatório policial apresentava o nome do motorista e a placa do veículo riscados.