A nova Fiat Strada Endurance 1.3 CS 2026 aparece como uma solução focada em uso profissional urbano ou rural, sendo pensada para quem transporta cargas leves com regularidade. Com cabine simples para dois ocupantes, ela prioriza a funcionalidade em vez do luxo, oferecendo itens básicos como ar-condicionado e direção elétrica, agregados a um conjunto mecânico tradicional mas confiável. O motor 1.3 Firefly flex entrega uma potência de até 107 cv com etanol e 98 cv com gasolina, além de torque máximo de cerca de 13,6 kgfm (etanol) — dados que reforçam o perfil voltado ao trabalho. Segundo fontes oficiais, o consumo rodoviário com gasolina pode chegar a 14,7 km/l.
No dia-a-dia, a picape obedece sua proposta: o câmbio manual de cinco marchas e tração dianteira mantêm simplicidade mecânica, enquanto a direção elétrica suaviza o esforço em manobras. Por dentro, o acabamento é modesto e funcional — ajuste de volante, computador de bordo e ar-condicionado constam de série — refletindo a priorização da durabilidade à sofisticação. A visibilidade é citada como adequada, e embora o conforto seja simples, atende bem à sua finalidade de base operacional para pequenos negócios.

O grande destaque é a caçamba, com volume de 1.354 litros e capacidade de até 720 kg de carga útil. Essa combinação permite transportar ferramentas, mercadorias ou materiais de forma competitiva no segmento de compactas. A suspensão traseira com molas parabólicas admite cargas com mais firmeza, e a altura livre de 209 mm facilita a circulação em estradas de terra ou rampas íngremes — ampliando a usabilidade além de centros urbanos. Essa configuração demonstra que a Strada Endurance 2026 vai além do transporte de uso urbano leve, alcançando também ambiente semi-off-road ou com pavimento de qualidade inferior.

Em termos de segurança, o modelo traz itens importantes como freios com ABS, airbags frontais, controle de estabilidade e tração, bem como assistente de partida em rampa — elementos bem-vindos em utilitários compactos. Entretanto, ressalta-se que a avaliação do Latin NCAP atribuiu apenas uma estrela à versão anterior, o que indica que, mesmo havendo evolução, a proteção estrutural ainda está aquém de modelos de referência no mercado. Esse ponto merece atenção de potenciais compradores que priorizam segurança acima do uso funcional.
Entre os prós, além da já destacada caçamba volumosa e carga útil elevada, está a eficiência no uso misto: com tanque de 55 litros e consumo rodoviário de até 14,7 km/l (gasolina), a autonomia pode alcançar cerca de 809 km, reduzindo paradas para abastecimento — vantagem prática para o trabalho. Por outro lado, há concessões: o acabamento interno, o isolamento acústico e a ausência de central multimídia avançada ou conectividade de última geração são aspectos que evidenciam o foco no funcional, não no premium.

A ficha técnica reforça essa essência de “veículo-ferramenta”: motor 1.332 cm³, 4 cilindros em linha, comando no cabeçote, 8 válvulas, taxa de compressão de 13,2:1. A transmissão manual de cinco marchas complementa a tração dianteira. Dimensionalmente, o modelo mede 4.474 mm de comprimento, 1.732 mm de largura, 2.737 mm de entre-eixos e pesa cerca de 1.083 kg — números que equilibram porte compacto e robustez para as tarefas designadas. A combinação resulta em desempenho razoável: velocidade máxima declarada de 171 km/h e aceleração de 0-100 km/h em 11,6 s aproximadamente — aceitáveis para a categoria utilitária.
No cálculo custo-benefício, o preço estimado em torno de R$ 112 mil coloca essa Strada como opção competitiva para autônomos e pequenas empresas que precisam de um veículo leve, eficiente e funcional para transporte diário de carga, sem os custos mais altos de picapes maiores ou mais equipadas. Em resumo, a versão Endurance 1.3 CS 2026 reforça a proposta da marca de entregar uma ferramenta automotiva simples, prática e com grande capacidade para o uso profissional — com as eventuais concessões típicas desse segmento.
Fonte: Carro.Blog.Br, Stellantis e AutoEsporte.
