Fernando Collor recebe proposta de emprego no presídio de Maceió com salário mínimo

Ao chegar ao presídio Baldomero Cavalcanti, Fernando Collor foi surpreendido com uma proposta de emprego como gerente de fábrica, com carga de 40 horas semanais e salário mínimo. A oferta, feita pela Pré-moldados Empresarial Alagoas, visa a reduzir sua pena. O trabalho seria em parceria com o Núcleo Ressocializador da Capital, mas depende de autorização judicial. A defesa de Collor ainda analisa a situação.
Publicado por Alan Correa em Política dia 28/04/2025

Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, recebeu uma proposta inesperada ao chegar ao presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, na última sexta-feira. A empresa Pré-moldados Empresarial Alagoas, instalada no complexo penitenciário, ofereceu-lhe o cargo de gerente geral, com salário de R$ 1.518, equivalente a um salário mínimo vigente. A proposta visa proporcionar ocupação e possível redução de pena, conforme prevê a Lei de Execuções Penais.

Pontos Principais:

  • Fernando Collor recebeu proposta para trabalhar como gerente em fábrica no presídio.
  • Oferta inclui salário mínimo, 40 horas semanais e possibilidade de redução da pena.
  • Para assumir, Collor precisaria ser transferido ao Núcleo Ressocializador da Capital.
  • Defesa de Collor ainda avalia a situação, considerando também pedido de prisão domiciliar.

O proprietário da empresa, Roberto Boness, declarou que a intenção é dar ao ex-presidente uma oportunidade de trabalho produtivo durante o cumprimento da pena. Segundo Boness, todos os reeducandos recebem o mesmo salário e, trabalhando, podem diminuir a duração da condenação. Ele acredita que a experiência gerencial de Collor poderia alavancar a produção da fábrica, composta majoritariamente por reeducandos.

Chegando ao presídio Baldomero Cavalcanti, Fernando Collor foi surpreendido com uma proposta de emprego feita por uma fábrica instalada dentro do complexo penitenciário - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Chegando ao presídio Baldomero Cavalcanti, Fernando Collor foi surpreendido com uma proposta de emprego feita por uma fábrica instalada dentro do complexo penitenciário – Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

A jornada prevista é de 40 horas semanais, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com uma hora de intervalo para almoço. Apesar da proposta já ter sido formalizada junto ao sistema prisional e enviada aos advogados de Collor, o defensor Marcelo Bessa afirmou não ter conhecimento prévio sobre a oferta feita ao seu cliente.

Para que Collor possa exercer o cargo, será necessário transferi-lo para o Núcleo Ressocializador da Capital, espaço destinado a presos que demonstram bom comportamento e trabalham. Esse núcleo, diferentemente do Baldomero Cavalcanti, apresenta condições estruturais superiores e é reconhecido como modelo de ressocialização em Alagoas.

A empresa, que atua no Núcleo Industrial Bernardo Oiticica, já empregou cerca de 380 reeducandos ao longo de 13 anos sem registrar incidentes. Atualmente, cerca de 15 empresas oferecem trabalho aos internos nesse complexo. Collor dividiria a rotina de trabalho com outros 30 funcionários, sendo 25 deles também condenados.

Enquanto isso, a defesa do ex-presidente aguarda a análise do pedido de prisão domiciliar, fundamentado em sua idade avançada e em problemas de saúde, como Parkinson e transtorno bipolar. Se optar por aceitar a oferta, Collor poderá acumular dias de trabalho e abreviar seu tempo de reclusão.

Fonte: Brasil247, UOL e Instagram.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.