Praticar exercícios físicos sempre é bom para saúde, isso já não é novidade. Mas agora, através de um novo estudo foi concluído que por meio de atividades aeróbicas é possível adiar os efeitos do mal de Alzheimer em pessoas com alto risco de ter atrofia no cérebro.
Foram selecionados 70 adultos voluntários com idade superior a 55 anos, que tivessem descrição de declínio cognitivo e fossem relativamente sedentários. Os pesquisadores do Medical Center da UT Southwestern determinaram que metade desse grupo começasse fazer exercícios aeróbicos de quatro a cinco vezes por semana, enquanto a outra parte iniciaram alongamento regularmente.
Durante um anos os participantes incluíram essa prática às suas rotinas. Com isso, ambos os grupos relataram uma pequena melhoria na função de memória. Porém, as pessoas que fizeram exercícios aeróbicos de forma intensa não tiveram uma melhoria tão significante comparado com os que só se alongavam.
Até então, isso apenas nos mostra que qualquer tipo de exercício ajuda em uma vida mais saudável para pessoas com pequeno declínio cognitivo. Nada tão espetacular nisso.
Mas ao examinar criteriosamente o cérebro dos voluntários de ambos os grupos, descobriram em média um encolhimento cerebral e acúmulo de placa amilóide. Naqueles que já tinham placa inicial tiveram menos encolhimento do hipocampo. Outra coisa que também detectaram foi que o cérebro com amilóide das pessoas participantes, responderam mais ao exercício aeróbico que os outros.
O estudo foi desenvolvido por Rong Zhang, professor de neurologia do Instituto de Exercício e Medicina Ambiental da UT Southwestern, e publicado em agosto de 2019 no Journal of Alzheimer’s Disease.
No entanto este estudo revelou resultados mais promissores provenientes de um grupo ainda menor de voluntários. Atualmente com tantos tratamentos para o mal de Alzheimer, sobretudo drogas antiamiloides, é mais do que possível que estudos maiores não encontrem nenhum efeito importante da atividade física em pessoas que já estão a caminho da demência.
Mas pesquisas indiretas continuam a sugerir que atividades físicas podem ser uma das possíveis intervenções capazes de prevenir o Alzheimer em algumas pessoas. Ou seja, pessoas ativas têm maior probabilidade de ter cérebros mais saudáveis na velhice.
Além disso, a prática de exercícios físicos trazem muitos benefícios para a saúde em geral, não só do cérebro, especialmente para pessoas idosas que não são ativas.
Claro que, para comprovar que realmente o condicionamento físico melhora a doença de Alzheimer, ainda são necessários mais estudos para comprovar a tese.
*Com informações do Gizmodo e Medical Center da UT Southwestern.