Entenda porque temos febre

A febre pode ser um desses mecanismos, que além de ajudar a combater esses agentes estranhos, serve como uma alerta para mostrar que há algo de errado com o nosso corpo. Os mecanismos se interagem entre si, quando um não consegue fazer o trabalho, o plano B vai lá e faz.
Publicado em Saúde dia 25/11/2020 por Alan Corrêa

Precisamos entender o que é a febre e como ela atua no nosso organismo. Mediante agentes patológicos nosso corpo tenta diversos meios para reagir aos mesmos e combatê-los, portanto muitos dos sistemas do nosso corpo são ativados, principalmente os de defesa.

A febre pode ser um desses mecanismos, que além de ajudar a combater esses agentes estranhos, serve como uma alerta para mostrar que há algo de errado com o nosso corpo. Os mecanismos se interagem entre si, quando um não consegue fazer o trabalho, o plano B vai lá e faz.

Muitas vezes quando ficamos doentes, sentimos o corpo muito quente, com a temperatura elevada, juntamente nos traz uma moleza, um cansaço físico e até mesmo a sensação de que o ambiente está mais frio, mas você sabe por que que acontece isso? Vem comigo para entendermos como esses mecanismos funcionam.

Qual é a temperatura ideal do corpo humano, e por que?

Quando ocorre algumas elevações de temperatura internamente, são liberadas algumas proteínas de choques térmicos HSPs. As mesmas são secretadas de acordo com situações estressantes que o nosso corpo passa, assim, ajudando as células de defesa como os linfócitos por exemplo. Dessa forma, eles conseguem chegar com mais rapidez ao local da infecção.
Quando ocorre algumas elevações de temperatura internamente, são liberadas algumas proteínas de choques térmicos HSPs. As mesmas são secretadas de acordo com situações estressantes que o nosso corpo passa, assim, ajudando as células de defesa como os linfócitos por exemplo. Dessa forma, eles conseguem chegar com mais rapidez ao local da infecção.

Esse mecanismo da temperatura ideal é chamado de termo regulação, que de acordo com um conjunto de fatores, chegam a 37°C. Os mesmos, são controlados por uma estrutura do cérebro, chamada hipotálamo, que por sua vez, detecta as mudanças de temperatura e quando isso acontece, ele é responsável por enviar sinais ao corpo.

De acordo com o estudos de cientistas, a temperatura ideal do nosso corpo gira em torno de 37°C, pois ela é quente o suficiente para evitar infecções por fungos, pois nessa temperatura eles não conseguem sobreviver. Um outro ponto importante é que, segundo esses estudos, essa temperatura é ideal para manter o funcionamento do nosso metabolismo, sem que necessariamente a gente precise se alimentar mais para suprir a demanda do nosso corpo.

Quando a temperatura do nosso corpo está acima do normal podemos chamar de hipertermia, e quando ela está abaixo desse valor, chamamos de hipotermia. Essa diferença sempre nos indica uma relação de que algo no nosso corpo está errado.

Hipertermia

Quando o hipotálamo detecta o aumento da temperatura, ele envia alguns sinais para o nosso corpo, como o aumento da produtividade das glândulas sudoríparas (que nos fazem eliminar os líquidos, ou seja, você sua mais), e também irão provocar a vasodilatação dos nossos vasos sanguíneos, que é quando eles aumentam de espessura para o fluxo sanguíneo passar mais rápido e se aproximar da superfície. Esses mecanismos são uma tentativa de refrescar o nosso corpo.

Em condições de que a temperatura está acima do normal, podemos verificar um estado de febre. E como ela atua? Geralmente, ela se eleva afim de combater alguns agentes pelo aumento de calor no corpo humano, e provoca alguns sinais para mostrar ao indivíduo de que algo está errado ali.

Um outro fator importante é que, com o aumento de calor, a aproximação e produção das células de defesa fica mais rápido, com isso elas conseguem chegar em menor tempo no local da infecção para combater aos agentes infecciosos.

Hipotermia

A hipotermia se dá pelo estado de baixa temperatura, ou seja, abaixo de 37°C. Isso pode acontecer em uma questão fisiológica “normal”, que é quando o indivíduo está internado, como uma situação mais precária por exemplo de lesão encefálica. Nesse momento, a temperatura diminui, pois o corpo não está precisando de muita energia naquele momento, então o trabalho do metabolismo acaba diminuindo também.

Normalmente quando ocorre o estado e hipotermia, ocorre uma vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos se contraem e o nosso corpo acaba produzindo tremor para tentar produzir calor.

De acordo com a variação da temperatura corporal, o nosso organismo reage de uma forma diferente, para tentar se adequar aquela nova temperatura, por isso as vezes sentimos frio e até mesmo arrepios.

Por que nosso corpo reage dessa forma?

A febre pode ser um desses mecanismos, que além de ajudar a combater esses agentes estranhos, serve como uma alerta para mostrar que há algo de errado com o nosso corpo. Os mecanismos se interagem entre si, quando um não consegue fazer o trabalho, o plano B vai lá e faz.
A febre pode ser um desses mecanismos, que além de ajudar a combater esses agentes estranhos, serve como uma alerta para mostrar que há algo de errado com o nosso corpo. Os mecanismos se interagem entre si, quando um não consegue fazer o trabalho, o plano B vai lá e faz.

Quando ocorre algumas elevações de temperatura internamente, são liberadas algumas proteínas de choques térmicos HSPs. As mesmas são secretadas de acordo com situações estressantes que o nosso corpo passa, assim, ajudando as células de defesa como os linfócitos por exemplo. Dessa forma, eles conseguem chegar com mais rapidez ao local da infecção.

As HSPs, fazem isso se tornar mais fácil pois elas aumentam a viscosidade dos linfócitos, dessa forma, eles se aderem com muito mais facilidade na parede de vasos sanguíneos.

Um outro auxílio que as HSPs trazem é em questão de infecções virais, onde elas recorrem as células mais próximas para que as mesmas possam diminuir a sua produção de proteína, isso limita a capacidade delas se replicarem impedindo a propagação do vírus para outros sistemas do corpo.

O papel da HSPs então é extremamente importante, limitando a propagação do vírus sem que eles tentassem destruir grande parte do sistema. Além disso, protegem as células e aumentam toda a atividade imunológica.

Afinal, a febre deve se deixar acontecer ou não?

No ano de 1917, alguns médicos decidiram tratar uma doença chamada sífilis de um modo diferente, onde eles infectavam pacientes que estavam no estágio final da doença, com um parasita que provocava malária. Era esperado de que a febre que era causada pela malária pudesse eliminar a sífilis, e após isso, era injetada quinina para controlar a doença causada pelo mosquito.

O propósito então desse tratamento, era que os pacientes ficassem curados das duas doenças, porém, cerca de 15% dos mesmos vieram a óbito, e o restante que sobreviveu foi totalmente curado. Esse método foi utilizado até a descoberta da penicilina.

Com esse exemplo, podemos observar que a febre foi usada como coadjuvante para a eliminação de uma doença, mas até hoje, os médicos ainda selecionam os pacientes que eles deverão manter o estado de hipertermia ou não, isso varia de acordo com gênero, idade, tipo de doença que o paciente apresenta, estágio entre outros fatores importantes.