Em um Brasil onde cada vez mais as pessoas estão cada vez mais indo para outros tipos de investimento além da poupança, ter a oportunidade de diversificar os investimentos é uma chave de ouro para ter rendimentos mais altos.
Uma dessas modalidades é o COE, ou Certificado de Operações Estruturadas. Tal tipo de investimento pode à primeira vista ser uma excelente oportunidade de diversificar os investimentos, e até pode ser, mas em determinados casos com muito estudo prévio, pois caso contrário pode gerar uma grande dor de cabeça ao cliente.
Para entender como funciona o COE, vamos usar um exemplo bem simples: O COE seria um “envelope” com vários investimentos, logo, é possível adicionar os mais diversos tipos de investimentos com o dinheiro lá aplicado, como desde CDB até ações.
No final das contas, um COE nada mais é do que um mix de investimentos já selecionados pelo banco onde você pode colocar seu dinheiro e ter rendimentos de diversos artigos, sendo de renda fixa ou variável, fazendo assim do COE um investimento híbrido.
O COE possui benefícios interessantes para aqueles que querem iniciar no mercado financeiro. Um deles é justamente por conta do mesmo ser híbrido, fazendo com que tenha artigos de renda fixa e variável, fazendo com que o investidor se sinta um pouco mais seguro de não migrar seu investimento inteiro para renda variável.
Outra vantagem que o COE possui é justamente a tributação do mesmo. Mesmo contendo diversos investimentos com as tributações mais diversas, o COE tem uma única tributação, que segue a tabela da renda fixa.
Se por um lado o COE pode parecer uma boa pedida caso você tenha interesse em mixar investimentos de forma que os mesmos estejam em conjunto, por outro as aparências podem enganar e você pode fazer um péssimo negócio.
A primeira desvantagem é justamente as altíssimas taxas que muitas vezes podem ficar ocultas, sendo que maiores informações sobre as mesmas podem acabar sendo vistas no DIE (Documento de Informações Essenciais).
Mas o principal problema do COE é que você será remunerado não pela rentabilidade dos artigos, e sim pela instituição financeira que emitiu o COE. Em outras palavras, o banco pode utilizar o seu dinheiro (que você não sabe onde está aplicado em maior ou menor quantidade), investir em ativos que rendem mais do que o previsto e te pagar apenas o que foi acordado por aquele investimento, isso sem contar as taxas altíssimas.
O que acaba complicando o COE é justamente que o mesmo não é um investimento transparente, fazendo com que você possa deixar de ganhar muito dinheiro com apenas aquele teto estabelecido de ganhos.
Entre os tipos de COE existentes, podemos citar os dois grandes grupos existentes, sendo eles o COE com Capital Garantido e o COE com Capital de Risco.
No COE com capital garantido, o seu dinheiro investido inicialmente não pode ser perdido, o que pode ser perdido é apenas o rendimento que o capital inicial ocasionou.
Já no COE de Capital de Risco, você pode perder o dinheiro investido, porém não mais do que você já tenha investido, fazendo com que você não seja intimado para refazer um aporte para amenizar o prejuízo.
No final das contas, o COE acaba sendo uma boa alternativa para aqueles que desejam ter em sua carteira de investimentos ações estrangeiras para poder diversificar sua carteira e não passar por todo o trâmite de se adquirir uma ação deste tipo, por exemplo.
Agora, em casos de investimentos nacionais, por conta da falta de transparência do COE, acaba sendo muito mais vantajoso investir nos ativos que te apetece, afinal, dessa forma você poderá saber o verdadeiro destino de seu dinheiro.