Em períodos de pandemia, boa parte das pessoas tem passado mais tempo em casa do que fora, fazendo assim com que o consumo de energia elétrica aumente consequentemente. Com o consumo aumentando, o preço da conta também aumenta e as pessoas buscam uma forma de amenizar os gastos.
E foi nessa vertente que a energia solar ganhou ainda mais força no Brasil. Por se tratar de uma energia limpa e fácil de ser conseguida juntamente ao preço mais baixo dos painéis solares, a energia solar vêm crescendo demais no Brasil e sem precedentes de queda.
Com a pandemia de coronavírus que se espalhou pelo mundo, milhões de empresas terão resultado negativo neste ano de 2020, principalmente aqui no Brasil. Pelo visto, as empresas do setor de energia elétrica não se enquadraram neste meio.
O Brasil entrou para o seleto grupo dos dez países que mais geraram empregos em todo o mundo no setor da energia elétrica com 162 mil novos sistemas de geração de energia solar, desbancando líderes históricos como Alemanha e Reino Unido na oitava colocação do ranking. Além disso, vale ressaltar que no primeiro semestre de 2020, o aumento de energia solar distribuída foi 77,38% superior ao mesmo período do ano passado.
Além de conseguir gerar uma energia mais limpa, as empresas deste setor cresceram ainda mais e geraram inúmeros empregos. Para isso, basta ver a Associação Brasileira Grupo G5 Solar, fundada pela SolarVolt e outras quatro empresas que decidiram trabalhar em conjunto para fazerem da energia solar uma realidade não tão distante para os brasileiros.
O resultado? Hoje, a Associação Brasileira Grupo G5 Solar conta com oito empresas que juntas somam mais de 5 mil usinas instaladas em todo o país, fazendo com que o faturamento de todas aumentasse vertiginosamente. A SolarVolt, por exemplo, aumentou seu faturamento em 500% em 2019 e espera um faturamento de 62 milhões de reais neste ano.
Aos poucos os grandes centros vão recebendo a energia solar, mas uma região específica no Brasil está vindo com tudo para que essa fonte de energia sustentável esteja disponível o quanto antes para a população.
Estamos falando do estado de Minas Gerais, onde grandes empresas estão comprando fazendas e instalando seus polos de produção com centenas de placas para captação da energia solar.
Com a proximidade das fazendas, empresas mineiras estão começando a abraçar esta ideia e oferecer energia elétrica por um preço mais barato aos seus clientes, visando ir além dos pequenos comércios e produtores, mas atingir grandes cidades. E tem empresa estatal de olho nessa ideia também.
Quando falamos das três empresas que atuam em minas e que estão competindo por este mercado falamos da Órgio, Solatio Energia Livre e a Cemig Sim, sendo esta última um braço da estatal mineira para energia alternativas e eficiência energética.
A Órgio com 400 milhões de investimento nas fazendas e 5 mil clientes em sua carteira e a espanhola Solatio com 1 bilhão de reais que serão investidos para elevar a capacidade de produção de 20 MW para 60 MW neste e ano e chegando até 200 MW estão prontas para tomar o mercado, mas existe um difícil caminho pela frente, visto que a Cemig, que já domina Minas Gerais, ainda investirá mais 100 milhões de reais em melhorias.
A grande ideia destas empresas privadas é oferecer energia elétrica com 15% de desconto do que a energia convencional, porém ainda assim é preciso pagar a taxa da Cemig, enquanto a estatal oferece até 18% de desconto e nenhum investimento do cliente.
No final das contas, a tendência é que justamente as empresas de energia, tanto privadas quanto estatais, acabem competindo entre si e todas com um único intuito: Conseguir o máximo de clientes possíveis com preços atrativos, fazendo assim que a energia solar seja essencial nesta disputa.