Embraer poderá ter avião elétrico em breve

Por fim, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que a companhia estava buscando parcerias para desenvolver novas tecnologias. Segundo o executivo, a empresa só voltará a fazer grandes investimentos sozinha quando sua situação financeira melhorar ou quando a crise causada pela pandemia da covid-19 arrefecer. O projeto de criação de um novo avião turboélice, que já havia sido anunciado, inclusive só sairá do papel se houver alguma parceria com financiador ou outra fabricante.
Publicado em Negócios dia 10/12/2020 por Alan Corrêa

Recentemente, mais especificamente no dia 20 de novembro de 2020, a Embraer – fabricante brasileira de aviões, e a EDP Brasil – multinacional portuguesa do setor elétrico, fecharam parceria para desenvolver pesquisas de um avião elétrico.

Acordo de cooperação visa avançar em tecnologia de armazenamento de energia e recarga de baterias para a aviação; protótipo tem primeiro voo previsto para 2021.

Sobre o novo projeto da Embraer

Embraer e EDP se unem na pesquisa do avião elétrico
Embraer e EDP se unem na pesquisa do avião elétrico

A EDP fará o investimento para aquisição de uma solução de armazenamento de energia e recarga do avião, para aeronaves de demonstração com tecnologia de propulsão 100% elétrica.

A parceria dessas empresas visam aumentar a compreensão das tecnologias necessárias para o uso e integração de baterias e motores elétricos, para melhorar a eficiência energética dos sistemas de propulsão de aeronaves, bem como avaliar suas principais características operacionais, como peso, sua eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento térmico, carga e descarga e o ciclo de segurança operacional.

Atualmente já se tem um protótipo em teste, uma aeronave de pequeno porte, EMB-203 Ipanema, utilizada no segmento agrícola, e o que tudo indica é que terá seu primeiro voo em 2021.

“O histórico de realização de parcerias estratégicas por meio de mecanismos ágeis de cooperação faz da Embraer uma das empresas brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento que permitem um significativo aumento de competitividade do país”, diz Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia e Estratégia Corporativa.

“É uma satisfação poder contar agora também com a EDP nessa frente de pesquisa científica para a construção de um futuro sustentável. A inovação é um dos pilares da nova estratégia da Embraer para os próximos anos”.

O desenvolvimento do projeto junto com a EDP, é como complemento às pesquisas em andamento da Embraer. A fabricante de aeronaves, já havia iniciado em maio de 2019 o projeto de eletrificação da aviação em cooperação com a WEG.

Para os ensaios está sendo utilizado como plataforma demonstradora um avião de pequeno porte monomotor que realiza avaliação primária das tecnologias de eletrificação. Os testes em solo têm ocorrido na Unidade da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo, em preparação para o primeiro voo que acontecerá na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

Luís Carlos Affonso, vice-presidente de engenharia e estratégia corporativa, diz que: “O histórico de realização de parcerias estratégicas por meio de mecanismos ágeis de cooperação faz da Embraer uma das empresas brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento que permitem um significativo aumento de competitividade do país”.

Já o presidente da EDP no Brasil, Miguel Setas, ressalta que “A parceria com a Embraer no desenvolvimento do seu primeiro avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica representa uma nova fronteira do nosso investimento em mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como um player de ponta neste mercado”.

Por fim, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que a companhia estava buscando parcerias para desenvolver novas tecnologias. Segundo o executivo, a empresa só voltará a fazer grandes investimentos sozinha quando sua situação financeira melhorar ou quando a crise causada pela pandemia da covid-19 arrefecer. O projeto de criação de um novo avião turboélice, que já havia sido anunciado, inclusive só sairá do papel se houver alguma parceria com financiador ou outra fabricante.