Os algoritmos hoje estão presentes em tudo que fazemos na internet. Seja em uma pesquisa de vídeo, de localização, de compras ou até mesmo de relacionamentos como é o caso do Tinder, cada vez mais a inteligência artificial consegue fazer coisas que eram até então inimagináveis.
Mas, mesmo com todo o desenvolvimento, você conseguiria imaginar um processo de divórcio sendo feito por um robô? Pode parecer coisa filme de ficção científica, mas isso já se tornou realidade na Austrália!
Conhecido como “Amica”, o algoritmo foi lançado na semana passada pelo governo na Austrália em um audacioso projeto de cerca de 11,2 milhões de reais que visa fazer com que as pessoas não precisem mais contratar advogados para realizarem os processos do divórcio, sendo que a própria inteligência artificial se encarrega de fazer isso.
O Amica veio em excelente hora para o povo australiano, visto que o sistema de varas familiares do país está completamente sobrecarregado e com o Lockdown, que resultou num pequeno aumento no número de divórcios, agravou ainda mais a situação.
A inteligência artificial irá ouvir completamente os casos e, se baseando em casos similares resolvidos que estão guardados na memória do algoritmo, a sentença é dada.
Com isso, é possível dividir guardas das crianças, valor das pensões, visitas, divisões de bens e vários outros fatores existentes em um divórcio.
Até esse ano de 2020, o programa é gratuito para os casais australianos. Porém, a partir de janeiro do ano que vem, já foi prevista uma taxa a ser paga, que ainda assim é muito mais barata do que se pagasse um advogado.
Ainda não foi definido o valor exato, mas a estimativa vai ficar entre 615 e 1.640 reais.
A inteligência artificial pode ajudar a resolver vários problemas, mas se tem algo que os programadores ainda não descobriram é como instaurar as emoções em algoritmos, e isso em um processo de divorcio, pode ser crucial.
Afinal, a máquina está programada para dar soluções prontas, mas não conta com empecilhos como uma rechaça de algum dos critérios do divorcio como de separação de bens ou até mesmo pessoas que na frente da tela são uma coisa, mas na vida real são completamente o oposto.
O próprio algoritmo recomenda apenas o uso do mesmo em caso de divórcios amigáveis, para não superlotar tanto a vara da família no país. Em casos mais complexos, o jeito é ter que recorrer ao bom e velho (e caro) advogado.
*Com informações do Gizmodo.