Desafio Solar Brasil promove competição de barcos movidos à energia solar em Niterói

A Praia de Icaraí, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, será palco da 16ª edição do Desafio Solar Brasil (DSB), uma empolgante competição de barcos movidos exclusivamente pela energia solar. O evento acontecerá entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, e sua mensagem é clara: o futuro sustentável está impulsionado pelas energias limpas.
Publicado em Educação dia 30/07/2023 por Alan Corrêa

A Praia de Icaraí, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, será palco da 16ª edição do Desafio Solar Brasil (DSB), uma empolgante competição de barcos movidos exclusivamente pela energia solar. O evento acontecerá entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, e sua mensagem é clara: o futuro sustentável está impulsionado pelas energias limpas.

O DSB é uma iniciativa do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que busca fomentar o desenvolvimento e a aplicação de fontes alternativas de energia em embarcações, por meio do esporte e da educação em tecnologia e meio ambiente. O projeto conta com o apoio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.

16ª edição do Desafio Solar Brasil promove a sustentabilidade e a inovação com barcos movidos a energia solar (Paulo Chaffim/Divulgação)
16ª edição do Desafio Solar Brasil promove a sustentabilidade e a inovação com barcos movidos a energia solar (Paulo Chaffim/Divulgação)

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador de planejamento do projeto, Ricardo Bogéa, destacou a importância do evento para os alunos, pois permite que eles coloquem seus conhecimentos em prática, lidando com situações reais. Além de preparar as embarcações, os estudantes se envolvem com logística, organização, trabalho em equipe, orçamento e competitividade, o que contribui significativamente para a formação acadêmica.

Bogéa também ressaltou que a tecnologia de energia solar em embarcações ainda enfrenta muitos desafios, mas tem demonstrado melhorias de desempenho e velocidade ao longo dos anos. Com o avanço pós-pandemia, o coordenador espera que a classe de barcos movidos à energia solar seja consolidada, atraindo também a participação de equipes estrangeiras e possibilitando a realização de um congresso para discutir temas como energias renováveis, educação científica, tecnologias sustentáveis, meio ambiente, transição energética, veículos elétricos e tecnologia social.

A competição contará com a participação de 21 embarcações de equipes provenientes de diversos estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Espírito Santo, Pará e São Paulo. Os times disputarão sete provas, e as três equipes com melhores pontuações no somatório das provas serão premiadas. Além disso, também serão reconhecidas as equipes que se destacarem na produção de vídeos e pôsteres, valorizando o esforço de divulgação científica e conscientização sobre tecnologias sustentáveis.

O DSB é um projeto de extensão universitária que visa estimular o desenvolvimento e a aplicação de fontes alternativas de energia em embarcações, por meio do esporte e da educação em tecnologia e meio ambiente (Paulo Chaffim/Divulgação)
O DSB é um projeto de extensão universitária que visa estimular o desenvolvimento e a aplicação de fontes alternativas de energia em embarcações, por meio do esporte e da educação em tecnologia e meio ambiente (Paulo Chaffim/Divulgação)

Um dos participantes, o aluno de engenharia elétrica da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Mariano, está determinado a levar sua equipe, a Araribóia, à vitória após conquistar o pódio em 2020 e 2022. Ele enfatiza que a competição está mais acirrada este ano, com um maior número de equipes bem preparadas e competitivas.

Para elevar o nível da inovação náutica com responsabilidade ambiental, 20 polos de inovação nacionais, incluindo universidades, institutos federais e escolas navais, uniram-se ao projeto, projetando o futuro das tecnologias náuticas no âmbito da sustentabilidade. Instituições como UFRJ, UFF, USP, UFSC, UFPA, Cefet e IFFs se destacam nesse cenário.

Além das competições, o Desafio Solar Brasil 2023 proporcionará palestras, workshops, exposição de trabalhos acadêmicos, mostra de vídeos e atrações culturais de artistas locais. Minicursos gratuitos e abertos ao público também farão parte da programação, oferecendo uma imersão no mundo da sustentabilidade e inovação tecnológica no Clube Central em Icaraí.

Júlia Fernandes, líder de gestão do projeto DSB, está empenhada em promover a participação de estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas de Niterói no evento, com o objetivo de incentivá-los a buscar o ensino superior e participar de projetos como o DSB. A ideia é mostrar aos jovens que eles têm a possibilidade de se aprofundar na área de tecnologias de energias renováveis e aplicar esse conhecimento em seu dia a dia, contribuindo para um futuro mais sustentável.

Com a realização do Desafio Solar Brasil, a expectativa é que o evento estimule ainda mais o desenvolvimento das tecnologias náuticas movidas à energia solar e incentive a conscientização sobre a importância das energias limpas para a preservação do meio ambiente e a construção de um futuro mais verde e sustentável.

*Com informações da Agência Brasil.