Cotação do dólar volta as R$ 5; entenda porque

Influenciado pelos cenários doméstico e externo, o mercado financeiro teve um dia de alívio nesta quinta-feira (1º). O dólar caiu pela primeira vez após três altas seguidas e voltou a se aproximar de R$ 5. A bolsa de valores subiu mais de 2% e recuperou as perdas recentes.
Publicado em Economia dia 2/06/2023 por Alan Corrêa

Influenciado pelos cenários doméstico e externo, o mercado financeiro teve um dia de alívio nesta quinta-feira (1º). O dólar caiu pela primeira vez após três altas seguidas e voltou a se aproximar de R$ 5. A bolsa de valores subiu mais de 2% e recuperou as perdas recentes.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,006, registrando um recuo de R$ 0,067 (-1,31%). A cotação operou em leve baixa durante a manhã, mas intensificou a queda à tarde, encerrando no seu valor mínimo do dia.

Na quarta-feira (31), a moeda norte-americana tinha fechado a R$ 5,07, atingindo o maior nível em quase duas semanas. Com o desempenho desta quinta, a divisa acumula uma queda de 5,19% em 2023.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.565 pontos, com uma alta de 2,06%. O indicador foi impulsionado por ações de petroleiras e mineradoras, que se beneficiaram da valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), além de ações de bancos e varejistas, que subiram após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

O crescimento de 1,9% da economia brasileira nos três primeiros meses do ano superou as expectativas das instituições financeiras. O superávit comercial recorde em maio contribuiu para reduzir as pressões sobre o câmbio, uma vez que o resultado indica um aumento na entrada de divisas no país.

No cenário internacional, a aprovação do acordo que permite a ampliação do teto da dívida pública norte-americana diminuiu as pressões sobre o dólar. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nesta quarta-feira (31) e agora precisa ser votada até segunda-feira (5) pelo Senado, onde a resistência é menor. A proximidade do fim do impasse impulsionou os preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, que haviam registrado quedas nos últimos dias.