A empolgação com a Copa do Mundo Feminina de Futebol está crescendo, e o Brasil está mais perto do que nunca de se tornar sede do torneio em 2027. Atualmente, a competição está prestes a iniciar na Austrália e na Nova Zelândia, mas o país já está preparando o cenário para elevar o futebol feminino a outro patamar, independentemente dos resultados obtidos pela equipe de Pia Sundhage.
A escolha do país-sede para a edição de 2027 será decidida em maio de 2024, durante o congresso anual da FIFA. O Brasil, junto com outras três candidaturas (duas delas compostas por conjuntos de países), é um dos finalistas na disputa para sediar o prestigiado evento. Essa oportunidade histórica pode representar um marco para o desenvolvimento da modalidade no país.
A Ministra do Esporte, Ana Moser, mostrou-se engajada na campanha brasileira e viajou aos países-sede da Copa de 2023 para acompanhar o torneio e reforçar os laços nos bastidores. Em entrevista ao videocast Copa Delas, da EBC, Moser enfatizou a importância de trazer o torneio para o Brasil, considerando a iniciativa de desenvolvimento da modalidade, que inclui a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, a ser regulamentada pelo governo.
Para Moser, essa candidatura está inserida em um contexto mais amplo, com o objetivo de fortalecer e promover o futebol feminino no país. Ela destacou a importância do investimento contínuo, usando o exemplo do vôlei, esporte no qual a ministra teve destaque durante sua carreira. A Copa do Mundo Feminina em 2027 seria a culminação dessa estratégia, trazendo ainda mais visibilidade para a modalidade e aumentando o interesse e participação das mulheres no futebol.
Além disso, o Brasil tem outra grande vantagem nessa disputa: a possibilidade de ser o primeiro país da América do Sul a sediar uma Copa do Mundo Feminina. Em nove edições do torneio, o continente sul-americano nunca teve a oportunidade de receber essa honra. A Europa sediou a competição em três ocasiões, enquanto os Estados Unidos e a China tiveram esse privilégio duas vezes cada. Em 2023, a Oceania fará sua estreia como sede da Copa do Mundo Feminina.
Outras candidaturas também estão na corrida para sediar o torneio. O continente africano tem a África do Sul como país-sede em sua candidatura, e outras duas propostas são compostas por conjuntos de países: Bélgica, Holanda e Alemanha pela UEFA, e Estados Unidos e México pela Concacaf.
Júlio Avellar, diretor de competições da CBF, compartilha o otimismo em relação às chances do Brasil sair vitorioso nessa eleição. Ele destacou a infraestrutura esportiva já existente no país, considerando que o Brasil já foi sede de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 e a Copa América de 2019.
As federações candidatas têm até o dia 8 de dezembro para enviar à FIFA a documentação necessária. Em seguida, a entidade iniciará a inspeção dos futuros locais de jogos e treinos.
A FIFA está entusiasmada com a recepção das manifestações de interesse, especialmente por parte de países com forte tradição futebolística, o que reforça a crescente popularidade do futebol feminino em todo o mundo, conforme declarado pela secretária-geral da FIFA, Fatma Samoura, quando foram anunciadas as candidaturas finalistas em maio.
A decisão sobre o país-sede da Copa do Mundo Feminina 2027 será um momento decisivo para o futebol feminino, e o Brasil está determinado a se tornar a anfitriã dessa competição histórica, abrindo caminho para um futuro brilhante para a modalidade na América do Sul.
*Com informações da Agência Brasil.