Conheça o presidente da CPMI de atos antidemocráticos
O deputado Arthur Maia (União-BA) foi escolhido como presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) encarregada de investigar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Após assumir o cargo, o parlamentar indicou a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) como relatora.
Além disso, o colegiado também elegeu os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) como vice-presidentes.
Ao assumir a presidência da CPMI, Arthur Maia declarou que o objetivo do comitê será investigar o que ele descreveu como “narrativas” relacionadas aos ataques ocorridos em Brasília, nos quais o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e danificados.
“Temos a responsabilidade de zelar por esse legado democrático, trazido por tantos homens e mulheres, alguns que perderam a sua vida”, disse.
“Não é razoável que não tenhamos vivido aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, com a invasão da sede dos Três Poderes e aqui a essa Casa, ao Supremo Tribunal Federal, ao Palácio do Planalto, e nada disso seja investigado por esta própria Casa. Sabemos que há uma narrativa de que tudo que aconteceu está envolvido em uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia no Brasil. Isso tem que ser investigado, isso não pode passar em branco”, acrescentou o deputado.
Segundo o deputado, a distinção entre o trabalho da comissão e as investigações e análises em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) reside na “transparência”, uma vez que os trabalhos da comissão ocorrerão “em praça pública”.
“Por outro lado, sei também que existe narrativa de que houve facilitações, enfim. Todos esses discursos existem, e nós, 64 senadores e deputados, teremos obrigação de, com toda honestidade, colher as provas e fazer isso publicamente, porque afinal de contas o grande mérito dessa CPI é fazer as coisas em ‘praça pública'”, concluiu
A relatora enfatizou a relevância da discussão como um meio de fortalecer a democracia no país, além de destacar a importância da participação das mulheres na mesa de debates da comissão. Na próxima sessão, a senadora irá apresentar o plano de atividades da comissão. As reuniões serão agendadas semanalmente para as quintas-feiras, às 9h.
“Houve uma tentativa de golpe, mas não conseguiram. O fato é claro: todos aqui somos contra aquilo que aconteceu, independentemente do que é base ou oposição”, disse.
*Com informações da Agência Brasil.