Conheça cidade mais fria do mundo: Yakutsk, na Rússia

Enquanto o mundo teme o frio, Yakutsk convive com invernos que atingem -50°C. A cidade russa é um exemplo de resiliência, onde o congelamento natural preserva alimentos e a rotina exige camadas de proteção contra o clima hostil. Mesmo com mudanças climáticas recentes suavizando o frio, o desafio diário ainda é intenso, obrigando moradores a se adaptarem para enfrentar a vida em um dos lugares mais gelados do planeta.
Publicado por Alan Correa em Curiosidades e Turismo dia 27/04/2025

Em Yakutsk, uma cidade isolada no extremo da Rússia, o frio é parte intrínseca da vida cotidiana. No auge do inverno, as temperaturas chegam a inacreditáveis 50 graus abaixo de zero, tornando tarefas simples como ir ao mercado ou trabalhar em verdadeiras missões de resistência. Quando o frio atinge níveis tão extremos, as escolas suspendem as aulas, peixes congelam naturalmente ao ar livre e os carros precisam ser cuidadosamente aquecidos para não sucumbirem às baixas temperaturas.

Pontos Principais:

  • Yakutsk enfrenta temperaturas de até -50°C durante o inverno.
  • A cidade é construída sobre o permafrost, com subsolo congelado o ano todo.
  • Peixes e carnes são congelados naturalmente do lado de fora das casas.
  • As aulas são suspensas quando a temperatura cai abaixo de -43°C.
  • Carros são adaptados com aquecedores e cobertores para suportar o frio.
  • Mesmo com aquecimento global, Yakutsk continua sendo extremamente fria.

A vida sobre o permafrost molda cada aspecto da cidade, desde a arquitetura adaptada até a cultura dos seus 300 mil habitantes. No verão, que dura apenas algumas semanas, os termômetros sobem a surpreendentes 30°C, mas no longo inverno, aquecedores tornam-se essenciais em todos os ambientes, públicos ou privados. Para sair de casa, vestir várias camadas de roupas especiais é obrigatório, e até cílios e sobrancelhas correm o risco de congelar em poucos minutos expostos ao vento gelado.

A rotina diária exige criatividade e muita preparação. O peixe e a carne são armazenados do lado de fora das casas, congelados como pedras pelo frio natural. Para beber água, é necessário recolher blocos de gelo que derretem rapidamente dentro das residências. Até mesmo dirigir se transforma em um desafio: a visibilidade cai a poucos metros, e os carros permanecem em garagens aquecidas ou são equipados com mantas térmicas e sistemas de ignição automática para preservar seus motores.

Vladimir, morador nato de Yakutsk, resume a receita para sobreviver em um ambiente tão hostil: coragem, boa alimentação e um lar bem aquecido. A coragem se reflete em cada passo fora de casa, onde o movimento constante é necessário para evitar queimaduras de frio e onde a exposição prolongada pode ser perigosa mesmo para quem está acostumado. Para a população local, viver nessas condições extremas já não é apenas uma questão de costume, mas de habilidade em se reinventar todos os dias.

Embora as mudanças climáticas tenham suavizado ligeiramente o frio nos últimos anos, reduzindo os extremos para cerca de -45°C, a vida continua exigindo adaptações severas. Em Yakutsk, o inverno ainda domina a maior parte do ano, impondo suas próprias regras e transformando até as tarefas mais simples em conquistas diárias. É um lugar onde a resistência humana ao clima extremo é levada ao limite, sem glamour ou exagero, apenas com a dura realidade de quem chama esse ambiente de lar.

Fonte: Wikipedia e R7.

Alan Correa
Alan Correa
Sou jornalista desde 2014 (MTB: 0075964/SP), com foco em reportagens para jornais, blogs e sites de notícias. Escrevo com apuração rigorosa, clareza e compromisso com a informação. Apaixonado por tecnologia e carros.