A conectividade cerebral passa por mudanças significativas ao longo da vida. Esse processo envolve uma série de ganhos e perdas. Enquanto o vocabulário e o conhecimento geral tendem a aumentar, a atenção e a capacidade de aprender novas habilidades ou relembrar memórias existentes podem diminuir.
Pesquisas indicam que atitudes simples podem ajudar a retardar ou mitigar esses efeitos negativos. O colunista Jeff Haden, em artigo publicado na Inc., apresenta algumas dessas atitudes. A seguir, são detalhadas três ações recomendadas para manter a saúde cerebral e a capacidade cognitiva ao longo do tempo.
Uma dieta saudável desempenha um papel crucial na manutenção da função cognitiva. Estudos sugerem que uma alimentação balanceada pode reduzir o declínio cognitivo associado à idade e diminuir o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas. O International Journal of Molecular Science destaca os benefícios da dieta do Mediterrâneo, que é rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e azeite de oliva.
Essa dieta é associada à melhoria da memória e da função executiva. Além disso, a inclusão de alimentos antioxidantes, como nozes e frutas vermelhas, pode proteger o cérebro contra danos oxidativos. A redução do consumo de alimentos processados e ricos em gorduras saturadas também é recomendada para promover a saúde cerebral.
A hidratação adequada é outra componente essencial de uma alimentação balanceada. A ingestão suficiente de água é fundamental para manter as funções cognitivas, já que a desidratação pode afetar negativamente a concentração e a memória.
A prática regular de exercícios físicos é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde geral, incluindo a saúde do cérebro. Um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences indica que o exercício pode aumentar o tamanho do hipocampo, uma região do cérebro associada à memória, mesmo em indivíduos com mais de 60 anos.
Atividades físicas como caminhadas, corrida, natação e ciclismo podem melhorar a circulação sanguínea para o cérebro, promovendo o crescimento de novas células nervosas e fortalecendo as conexões entre elas. Além disso, o exercício físico regular pode ajudar a reduzir os níveis de estresse, o que é benéfico para a função cognitiva.
A participação em atividades físicas também pode proporcionar benefícios sociais, como a oportunidade de interação com outras pessoas, o que pode estimular a função cerebral e ajudar a prevenir o isolamento social, um fator de risco para o declínio cognitivo.
Manter um estilo de vida saudável envolve mais do que alimentação e exercícios físicos. Bons hábitos diários podem ter um impacto significativo na saúde cerebral. Um estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience descobriu que a falta de sono está associada à atrofia cerebral acelerada e à conectividade funcional cerebral prejudicada.
Evitar o consumo excessivo de álcool, tabaco e outras drogas é essencial para a saúde do cérebro. Esses hábitos podem acelerar o envelhecimento cerebral e reduzir a capacidade funcional. A Lancet Commission on Dementia Prevention, Intervention, and Care ressalta que a prevenção desses hábitos pode ajudar a manter a saúde cognitiva ao longo da vida.
Gerenciar o estresse é outra prática importante. Eventos estressantes frequentes estão ligados a uma cognição mais fraca na vida adulta, conforme estudo da Universidade de Wisconsin. Técnicas de gerenciamento de estresse, como a meditação, a prática de hobbies e a manutenção de uma rede de apoio social, podem ajudar a proteger a função cerebral.
Fonte: PEGN.