O Latin NCAP divulgou os resultados do teste de colisão do Citroën C3, e o resultado está longe de ser favorável. O hatchback, fabricado em Porto Real (RJ), recebeu uma classificação de zero estrela durante a avaliação da organização. De acordo com os resultados, a baixa pontuação se deve à “estrutura instável, proteção frontal fraca em colisões, falta de proteção lateral para a cabeça e ausência de lembrete de cinto de segurança”.
Conforme os resultados, o Citroën C3 obteve uma pontuação de 12,21 (30,5%) na proteção de ocupantes adultos, 23,88 (49,7%) para proteção de pedestres e usuários vulneráveis das estradas, e 15 (34,8%) para sistemas de assistência à segurança. No entanto, a pior pontuação foi na proteção de ocupantes infantis no banco traseiro, onde o subcompacto recebeu um total de 5,93 pontos (12,1%).
O Citroën C3 possui dois airbags frontais. Durante o teste de impacto frontal, o Latin NCAP considerou a proteção para o peito do motorista fraca e a do passageiro como marginal, por exemplo. Além disso, o assento apresentou baixa proteção para o pescoço do ocupante adulto. Da mesma forma, a organização observou que a área dos pés e a estrutura do carro são instáveis.
Além do teste de impacto frontal, o modelo passou por avaliações de impacto lateral, proteção contra chicoteamento cervical, proteção para pedestres e sistemas de assistência à segurança. A organização não realizou o teste de impacto lateral em poste devido à falta de proteção lateral. Vale ressaltar que o C3 atende ao requisito mínimo exigido por lei no Brasil, que é a presença de dois airbags frontais.
O presidente do Conselho de Administração do Latin NCAP, Stephan Brodziak, expressou sua indignação com o resultado do teste, afirmando que é vergonhoso a Stellantis ter projetado um carro com características de segurança tão precárias como o Citroën C3. Ele ressaltou que a Stellantis sabe como desenvolver carros mais seguros a preços acessíveis e destacou que um veículo com esse nível de segurança representa uma ameaça à saúde e ao bem-estar dos latino-americanos, que são igualmente vulneráveis a acidentes de colisão e atropelamentos como os moradores de outros países onde a Stellantis jamais comercializaria um carro com um padrão de segurança tão baixo.
*Com informações do Latin NCAP.