O governo anunciou medidas para reduzir os impostos sobre carros sustentáveis durante uma reunião com representantes do setor automotivo. A meta é diminuir o preço final dos carros populares no país. Atualmente, o veículo novo mais barato custa cerca de 70 mil reais, e os compradores precisam desembolsar 70% do valor à vista. A intenção do governo é estimular a indústria automotiva para impulsionar a economia e facilitar o acesso da população a carros populares.
O setor automotivo tem um grande impacto na economia brasileira, sendo responsável por 20% do PIB Industrial Nacional. Com os incentivos, espera-se que a indústria de automóveis consiga impulsionar toda a cadeia produtiva relacionada ao setor. As medidas anunciadas se aplicam a carros com preço de até 120 mil reais e têm prazo limitado. Elas levam em consideração a eficiência energética e a densidade industrial das montadoras. As empresas que atenderem a esses critérios poderão obter vantagens fiscais, como descontos nos impostos IPI, PIS e Cofins, que variam de 1,5% a 10,96%.
Essas medidas foram anunciadas após uma reunião do governo com representantes da indústria automotiva e trabalhadores, por meio de centrais sindicais. Elas já podem impactar o escoamento dos veículos em estoque nas montadoras. O Ministério da Fazenda terá 15 dias para resolver as questões tributárias e emitir um parecer. Cada montadora tem sua própria política de preços, mas com base nos números apresentados, é possível que tenhamos preços abaixo de 60 mil reais.
Essa decisão do governo tem como objetivo impulsionar a economia, usando a indústria automotiva, especialmente o segmento de carros populares. Essa ideia já foi implementada no governo de Itamar Franco em 1993, com o lançamento do Fusca, que foi um sucesso na época. O setor automotivo é estratégico para a economia, representando 20% do PIB. Embora tenha havido um crescimento de 4% no ano passado, em termos de volume, houve uma queda de 0,7%. No entanto, as exportações tiveram um bom desempenho, com um aumento de 27,8%, incluindo uma diversificação nos países da América do Sul, que são os principais clientes do Brasil.
No ano passado, foram licenciados cerca de 2,1 milhões de carros, e a expectativa é que esse número cresça para cerca de 2,5 milhões neste ano, representando um crescimento de aproximadamente 3%. Com essas medidas, espera-se uma retomada no crescimento do setor automotivo.