Cantor Arlindo morreu aos 78 anos

O cenário musical brasileiro perdeu uma de suas vozes quando Arlindo Moita, um cantor pernambucano de 78 anos, faleceu em um hospital no Recife. A notícia da partida de Arlindo Moita deixou uma legião de fãs e admiradores com o coração partido, enquanto o Brasil se despede de um talento que brilhou na edição de 2022 do programa "The Voice +", transmitido pela Rede Globo.
Publicado em Entretenimento dia 12/09/2023 por Alan Corrêa

O cenário musical brasileiro perdeu uma de suas vozes quando Arlindo Moita, um cantor pernambucano de 78 anos, faleceu em um hospital no Recife. A notícia da partida de Arlindo Moita deixou uma legião de fãs e admiradores com o coração partido, enquanto o Brasil se despede de um talento que brilhou na edição de 2022 do programa “The Voice +“, transmitido pela Rede Globo.

Arlindo Moita, natural de São Lourenço da Mata, mas residente em Olinda, ambas cidades da Região Metropolitana do Recife, deixou uma marca indelével na música brasileira, tendo iniciado sua carreira musical aos impressionantes 12 anos de idade. Ele começou como um jovem apaixonado pela música, que logo percebeu seu destino nas melodias do forró, gênero que se tornaria sua assinatura ao longo de sua trajetória.

Arlindo Moita não era apenas um cantor, mas também um compositor talentoso e até mesmo um caminhoneiro em sua vida cotidiana. Sua versatilidade e paixão pela música se traduziram em apresentações memoráveis ao longo de sua carreira, fazendo dele um verdadeiro ícone da música nordestina.

No entanto, foi em 2022 que Arlindo Moita ganhou destaque nacional ao participar do programa de talentos “The Voice +”. O programa, voltado para artistas com mais de 60 anos, deu a Arlindo a plataforma perfeita para mostrar seu talento singular ao mundo. Em sua jornada no programa, ele teve a honra de fazer parte do time da renomada cantora Fafá de Belém, antes de passar para a equipe do carismático cantor Carlinhos Brown.

Sua audição às cegas, uma fase crucial no programa, foi um momento que ficará para sempre gravado na memória de seus fãs e daqueles que tiveram o privilégio de testemunhar seu talento. Arlindo Moita cativou a todos com uma interpretação apaixonante da música “É proibido cochilar”, de Antônio Barros. Ele não apenas impressionou os técnicos, mas também emocionou a plateia e o público em casa, deixando claro que sua música estava profundamente enraizada em sua alma.

“Foi o maior show da minha vida e de uma única música. A música está dentro de mim e eu não largo ela nunca”, disse Arlindo em uma entrevista emocional após sua brilhante apresentação. Sua conexão genuína com a música e seu amor pelo forró eram evidentes em cada nota que ele cantava.

Arlindo Moita, além de suas habilidades musicais notáveis, também compartilhou o palco com alguns dos maiores nomes da música brasileira, incluindo Genival Lacerda e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Essas colaborações mostram a alta estima em que ele era mantido pelos colegas músicos, um testemunho de seu impacto na cena musical do Nordeste.

No entanto, a batalha de Arlindo Moita contra um câncer no fígado trouxe uma triste reviravolta à sua vida e à de seus entes queridos. Ele enfrentou corajosamente essa doença, demonstrando a mesma determinação que o impulsionou em sua carreira musical. Infelizmente, no dia 11 de setembro de 2023, o Brasil perdeu essa voz icônica para a eternidade.

Arlindo Moita deixa para trás sua esposa, filho e neto, que compartilharam sua jornada musical e foram testemunhas de seu amor pela música e pela vida. Seu legado musical e seu impacto na cultura do forró permanecerão vivos nas mentes e nos corações de todos aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo.

O velório de Arlindo Moita aconteceu às 9h no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, e foi um momento de homenagens emocionantes e despedidas tocantes. Seu enterro ocorreu às 16h, também no mesmo local, marcando o fim de uma jornada notável na música brasileira.

Arlindo Moita será lembrado não apenas como um talentoso cantor de forró, mas como uma pessoa cuja paixão pela música transcendeu gêneros e gerações. Sua voz única e seu carisma cativaram o Brasil e o transformaram em um ícone da música nordestina. Hoje, prestamos homenagem a Arlindo Moita e celebramos sua vida e contribuição inestimável para a música brasileira. Que sua música continue a tocar nos corações daqueles que o amaram e admiraram.