O casal brasileiro Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira decidiu empreender nos Estados Unidos há quase 10 anos e fundaram uma marca de petiscos conhecida como “Petisco Brasuca“.
O investimento inicial foi de R$ 1.000 em 2013, e eles afirmam que tiveram um faturamento de pelo menos 10 milhões no ano passado, à medida que o negócio evoluiu. Para entender melhor essa história, a entrevistadora conversa com Ricardo, que conta sobre o processo de construção passo a passo para chegar ao sucesso atual.
Inicialmente, o objetivo do casal ao sair do Brasil para os Estados Unidos era aprender inglês e se preparar para as oportunidades futuras, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas chegando. A ideia era aplicar suas habilidades linguísticas em uma posição melhor remunerada no Brasil. No entanto, após um ano de intercâmbio, eles perceberam uma oportunidade para empreender e decidiram investir em um negócio.
A ideia de fazer petiscos surgiu quando o casal foi convidado para uma festa de aniversário e recebeu a missão de levar as coxinhas, mesmo sem nunca terem feito salgados antes. Apesar da falta de experiência, muitos dos convidados gostaram da comida e pediram para encomendar. Uma amiga sugeriu que eles investissem na ideia, já que outras pessoas que moravam nos Estados Unidos estavam carentes de opções de petiscos brasileiros.
Embora haja diferenças nos ingredientes entre os salgados brasileiros e americanos, o casal importa cerca de 70% dos ingredientes do Brasil. Eles também criam receitas exóticas para atender o gosto do público americano, como coxinha de espinafre ou de margherita, inspirada em pizza.
A coxinha é um salgado muito popular no Brasil, conhecido por sua forma de gota de água e recheio cremoso de frango desfiado. Mas como essa iguaria surgiu?
A história da coxinha remonta ao século XIX, quando a princesa Isabel visitou a região do interior de São Paulo. Em uma das suas visitas, foi preparado um banquete para recebê-la e o cozinheiro, chamado José Coelho, criou um salgado em forma de coxa de frango em homenagem à princesa. A receita era feita com frango desfiado e um recheio de temperos, mas não tinha a crocância que conhecemos hoje em dia.
Foi somente na década de 1960 que a coxinha começou a ser produzida em larga escala e se popularizar em todo o país. Na época, ela era vendida em bares e lanchonetes, geralmente acompanhada de uma cervejinha gelada. Com o tempo, a receita foi sendo aprimorada e ganhou um formato mais ovalado e recheios diversos, como catupiry, calabresa e queijo.
A coxinha se tornou um símbolo da culinária brasileira e está presente em todas as regiões do país. Hoje em dia, é possível encontrar coxinhas em padarias, lanchonetes, food trucks e até mesmo em supermercados. Alguns estabelecimentos se especializam apenas na venda de coxinhas, oferecendo uma grande variedade de sabores e tamanhos.
A receita da coxinha é relativamente simples, mas requer algumas etapas. Primeiro, é preciso cozinhar o frango e desfiá-lo. Depois, é feito um refogado com temperos, como cebola, alho e tomate, que será misturado com o frango desfiado. Em seguida, é feita a massa, que leva farinha de trigo, água, leite, manteiga e sal. A massa é modelada em formato de gota, recheada com o frango temperado e empanada em uma mistura de farinha de rosca e ovos batidos. Por fim, a coxinha é frita em óleo quente até ficar dourada e crocante por fora.
Apesar de ser considerada uma comida rápida e barata, a coxinha é muito apreciada pelos brasileiros e se tornou um ícone da culinária nacional. É um salgado que pode ser consumido a qualquer hora do dia e é perfeito para acompanhar uma cervejinha com os amigos. A coxinha é uma prova de que, às vezes, as melhores invenções surgem de ideias simples e improvisadas.