Brasileiros aguaram a liberação dos preços do novo carro popular e vendas despencam
A média diária de vendas de carros novos em maio registrou uma queda significativa de quase 14% em relação a abril, à medida que os consumidores aguardavam a entrada em vigor de medidas do governo que prometiam reduzir os preços dos veículos. As medidas anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, na quinta-feira, 25, prometiam descontos maiores para carros mais baratos, com reduções variando de 1,5% a 10,96% para modelos com preço de até R$ 120 mil.
Fontes do setor automotivo afirmam que o governo tem se empenhado no programa, que deverá ser anunciado ainda nesta semana. No entanto, é necessário aguardar a confirmação do Ministério da Fazenda sobre o impacto fiscal do pacote, que deve beneficiar principalmente os carros de entrada. Não há informações se o anúncio incluirá medidas adicionais para facilitar o crédito.
Venda de carros novos atinge pior resultado desde 2016
Com a expectativa das medidas anunciadas pelo governo federal para a redução dos preços dos carros novos, as vendas de automóveis e comerciais leves zero-quilômetro registraram o pior resultado desde 2016 no mês de maio, totalizando apenas 166.361 emplacamentos.
É importante ressaltar que os números de 2020 foram excluídos desse recorte, pois muitas concessionárias estavam operando apenas suas oficinas durante o auge da pandemia do novo coronavírus. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) destaca que esse é o pior resultado dos últimos sete anos.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (2) revelam que a média diária de vendas apresenta uma queda, com 7.560 unidades comercializadas por dia. Esse resultado representa uma redução de 10,3% em relação a abril (8.420 unidades), mesmo considerando que o mês de abril teve quatro dias úteis a menos.
Para a Fenabrave, o anúncio realizado na última semana do mês ainda não teve um impacto efetivo na redução das vendas. O grupo afirma que o ambiente marcado por restrições de crédito e queda no poder de compra são fatores determinantes para o resultado negativo.
De acordo com levantamento da entidade, maio de 2023 ocupa a 175ª posição no ranking histórico de emplacamentos de automóveis e comerciais leves, em termos de volume.
*Com informações da Fenabrave.
