Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital DF Star, em Brasília, após piora em seu estado clínico. O ex-presidente, que passou por uma cirurgia para tratar uma obstrução intestinal, apresentou novos sinais de agravamento, como alterações nos exames hepáticos e elevação da pressão arterial.
Pontos Principais:
Segundo o boletim médico mais recente, Bolsonaro está em jejum absoluto e sendo alimentado exclusivamente por via parenteral. A equipe médica determinou a realização de novos exames de imagem para avaliar o quadro abdominal e acompanha com atenção as alterações nos parâmetros clínicos.

Desde a cirurgia realizada no dia 13 de abril, o ex-presidente passou a apresentar instabilidade na recuperação. Ainda sem previsão de alta, ele segue sob protocolos rigorosos de prevenção contra trombose e passa por sessões de fisioterapia motora para evitar perda de mobilidade.
A condição de saúde de Bolsonaro reacendeu preocupações entre seus aliados e apoiadores, especialmente em um momento de forte exposição jurídica. Enquanto permanece hospitalizado, o ex-presidente recebeu intimação formal do Supremo Tribunal Federal, entregue diretamente por um oficial de Justiça em seu quarto na UTI.
A entrega da intimação ocorre em meio a um cenário político tenso. No dia anterior, Bolsonaro havia participado de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, ao lado dos filhos, ainda no hospital. A exibição pública levantou questionamentos sobre sua real condição clínica e motivou reações de figuras políticas de diferentes espectros.
Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, tem acompanhado a internação de perto. Discreta nas redes sociais, ela permanece ao lado do marido e evita declarações públicas, enquanto se mantém em contato com aliados e membros da equipe médica que acompanha o caso.
A recuperação tem sido marcada por altos e baixos, e o histórico de problemas abdominais desde o atentado sofrido em 2018 contribui para a complexidade do caso. Bolsonaro já passou por múltiplas cirurgias nos últimos anos e continua enfrentando dificuldades para restabelecer sua saúde digestiva.
A presença constante de Michelle e o suporte hospitalar especializado não impediram que os exames mais recentes demonstrassem um agravamento na função hepática. A alimentação parenteral e o controle da pressão arterial são elementos centrais na estratégia de estabilização clínica.
Mesmo diante da piora, ainda não há indicações de necessidade de nova intervenção cirúrgica, mas a equipe médica optou por manter o ex-presidente em monitoramento contínuo. O tratamento segue em regime intensivo, com foco na contenção de complicações inflamatórias e metabólicas.
A situação delicada do ex-mandatário ocorre em um momento crucial de sua trajetória política e jurídica. Internado, ele acompanha à distância o avanço de processos que tramitam no Supremo, enquanto sua recuperação médica impõe limites às possíveis ações de defesa ou articulações políticas externas.
Fonte: Agenciabrasil, Terra e Oglobo.
