BB, Caixa e bancos privados interrompem empréstimos consignados do INSS

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal seguiram a decisão dos bancos privados e também suspenderam o crédito consignado para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), devido à redução das taxas de juros pelo governo federal.
Publicado em Economia dia 17/03/2023 por Alan Corrêa

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal seguiram a decisão dos bancos privados e também suspenderam o crédito consignado para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), devido à redução das taxas de juros pelo governo federal.

De acordo com o G1, a suspensão do crédito consignado para beneficiários do INSS foi divulgada. Ao ser contatada pelo InfoMoney, a Caixa afirmou na manhã desta sexta-feira (17) que suspendeu a oferta do empréstimo consignado para essa categoria de clientes a fim de avaliar a situação.

O Banco do Brasil informou que “assim que houver novidades sobre a retomada das contratações no âmbito do convênio com o INSS, informaremos”.

Além disso, a instituição disse estar realizando estudos de viabilidade técnica das novas condições para o crédito consignado aos beneficiários do INSS.

Na véspera, tanto o Itaú Unibanco (ITUB4) quanto o Banco Pan (BPAN4) – um dos principais players do mercado de empréstimo consignado (e um dos mais impactados pela redução das taxas) – confirmaram a suspensão da linha de crédito.

O Itaú não revelou o motivo da suspensão, enquanto o Banco Pan confirmou que a decisão foi tomada “em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)”.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), aproximadamente 14,5 milhões de pessoas possuem as duas linhas de crédito consignado do INSS (empréstimo e cartão), com uma média de R$ 1.576 de valor contratado e um total de R$ 215 bilhões em empréstimos concedidos.

A entidade alerta que os “negativados” serão os mais prejudicados com a suspensão do crédito consignado.

*Com informações do G1 e CNN.