As crianças precisam aprender sobre gênero?

As crianças têm uma sólida compreensão da identidade de gênero delas com quatro anos de idade. É quando as crianças desenvolvem o seu senso de identidade. Elas estão observando o mundo ao redor, absorvendo essa informação e aceitando isso.
Publicado em Vida dia 23/11/2019 por Alan Corrêa

As crianças têm uma sólida compreensão da identidade de gênero delas com quatro anos de idade. É quando elas desenvolvem o seu senso de identidade. Elas estão observando o mundo ao redor, absorvendo essa informação e aceitando isso.

A importância de abordar o assunto

Não há problema em ser do gênero oposto, todos somos diferentes em muitos aspectos, não importa se você é menino, menina. O gênero diz respeito a como nos sentimos e como nos expressamos. A sexualidade tem a ver com amor, gênero e família, não com sexo.

Um jovem de 15 anos em Huntsville, Alabama se suicidou depois de ser intimidado por ser gay. Em 2018, foi uma criança de sete anos em Denver, Colorado. Houve e haverá muitos mais. Adolescentes lésbicas, gays e bissexuais são mais de três vezes mais propensos a tentar o suicídio do que os pares heterossexuais, e adolescentes transgêneros são quase seis vezes mais propensos. De acordo com um estudo, cerca de um terço dos jovens desabrigados se identificam como lésbica, gay, bissexual ou se questionando, e cerca de 4% dos jovens sem-teto se identificam como transgênero, em comparação com 1% da população geral de jovens pesquisados. Conforme a Campanha de Direitos Humanos, houve 128 assassinatos de pessoas trans em 87 cidades em 32 estados, desde 2013. E esses são só os casos relatados. E 80% desses assassinatos foram de mulheres trans de cor. O cenário da homossexualidade é desolador.

Conversar com as crianças sobre coisas gays é realmente crucial. A maioria dos pais quer que os filhos se tornem adultos gentis, empáticos, autoconfiantes, e a exposição à diversidade é uma parte importante desse desenvolvimento social e emocional. Não-conformidade de gênero na infância, crianças transgêneros e crianças com pais transgêneros, não-binários e homossexuais estão em toda parte.

Portanto, falem com uma criança sobre gênero sim, falem com uma criança sobre sexualidade também. Ensine-as sobre o consentimento, oriente os meninos e digam para as meninas que devem se defenderem.

Argumento

Lindsay Amer é a criadora do "Queer Kid Stuff", uma série de vídeos educativos que derruba ideias complexas sobre gênero e sexualidade através de canções e metáforas. Ao dar às crianças e suas famílias um vocabulário para se expressarem, Amer espera criar adultos mais empáticos, e espalhar uma mensagem de aceitação radical em um mundo onde às vezes é perigoso ser apenas você mesmo. "Eu quero que as crianças cresçam e se sintam orgulhosas de quem elas são e quem elas podem ser", diz Amer.
Lindsay Amer é a criadora do “Queer Kid Stuff”, uma série de vídeos educativos que derruba ideias complexas sobre gênero e sexualidade através de canções e metáforas. Ao dar às crianças e suas famílias um vocabulário para se expressarem, Amer espera criar adultos mais empáticos, e espalhar uma mensagem de aceitação radical em um mundo onde às vezes é perigoso ser apenas você mesmo. “Eu quero que as crianças cresçam e se sintam orgulhosas de quem elas são e quem elas podem ser”, diz Amer.

Há um canal no Youtube chamado Queer Kid Stuff, onde são exibidos uma série de vídeos educativos que derruba ideias complexas sobre gênero e sexualidade através de canções e metáforas. Nele também é abordado assunto sobre justiça social para todas as idades, desde bebês até as tataravós de vocês.

Nessa série da web, uma jovem junto com seu urso de pelúcia falam sobre a comunidade LGBT, ativismo, gênero e pronomes, consentimento e positividade corporal. Trabalhando com esses temas através de músicas para que tenham uma definição simples.

Lindsay Amer faz parte do grupo de LGBTQ+ e é a criadora do Queer Kid Stuff, ela relata que faz mídia homossexual para crianças, pois desejava ter tido toda essas informações na sua infância também. Justamente porque não teve orientação sobre quem ela poderia ser.

O objetivo principal é divulgar esta mensagem através da alegria e positividade, em vez de enquadrá-la em torno das dificuldades da vida homossexual. Encorajando as crianças para que cresçam e sejam elas mesmas com orgulho de quem são e quem podem ser, não importa quem elas amam, o que vestem ou que pronomes usam.