A creatina é um dos suplementos mais populares entre praticantes de atividades físicas que buscam melhorar desempenho e força muscular. Produzida naturalmente pelo corpo a partir de três aminoácidos — glicina, metionina e arginina — ela também pode ser ingerida por meio da alimentação e suplementação. Seu uso como suplemento é comum em estratégias de aumento de resistência, força e recuperação muscular, especialmente em esportes de alta intensidade.
Pontos Principais:
Em meio à popularização do suplemento, preocupações com a qualidade dos produtos comercializados levaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar uma nova rodada de testes laboratoriais. O objetivo foi verificar se os produtos disponíveis nas prateleiras estão de acordo com as exigências sanitárias e nutricionais brasileiras. A avaliação incluiu aspectos como teor real de creatina, regularidade da rotulagem e presença de materiais contaminantes.
Diferente de análises anteriores feitas por entidades do setor privado, que apontavam falhas em até 80% dos produtos, o levantamento feito pela Anvisa em 2024 revelou um cenário menos problemático. Apenas uma das 41 amostras avaliadas apresentou teor de creatina abaixo do permitido, mantendo-se dentro do limite de tolerância estabelecido por regulamento. A agência não divulgou o nome da marca, pois o caso está em processo administrativo.
A creatina está entre os suplementos mais consumidos por quem busca ganho de força e performance. Mas, com a popularidade, cresce a necessidade de fiscalização. Em meio a dúvidas sobre a qualidade dos produtos no mercado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de uma análise feita com 41 suplementos de creatina de 29 fabricantes diferentes, revelando um cenário mais positivo do que o esperado.
Ao contrário de estudos anteriores feitos por associações da indústria, que chegaram a apontar até 80% de irregularidade, o levantamento da Anvisa encontrou apenas um suplemento com teor de creatina abaixo do permitido. A agência não divulgou a marca, pois o caso está em processo administrativo. O resultado reforça a importância de análises oficiais para garantir a segurança do consumidor.
A fiscalização avaliou três critérios principais: o teor real de creatina em relação ao declarado no rótulo, a adequação da rotulagem e a presença de matérias estranhas. As amostras foram coletadas diretamente nas fábricas, entre o segundo semestre de 2024, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo. A maioria das embalagens analisadas continha 300 gramas, padrão mais vendido no Brasil.
A creatina considerada regular pela Anvisa deve conter até 20% de variação em relação ao valor declarado, respeitando o limite mínimo de 3.000 mg. Com exceção de uma amostra, todas atenderam à exigência. Nenhum produto apresentou substâncias contaminantes ou adulterações, o que elimina riscos sanitários imediatos.
Apesar dos bons resultados nos testes de laboratório, a Anvisa encontrou uma série de falhas na rotulagem dos suplementos. Entre os principais problemas estavam alegações não permitidas, uso de imagens e termos que induzem o consumidor ao erro e tabelas nutricionais fora do padrão exigido pela legislação. Em alguns casos, faltavam dados sobre a frequência de uso e número de porções por embalagem.
Outros pontos recorrentes foram a omissão da quantidade de açúcares totais e açúcares adicionados. Essas falhas não configuram risco imediato à saúde, mas comprometem a clareza das informações ao consumidor. As empresas serão notificadas para corrigir os erros sem necessidade de ações mais graves, como recolhimento dos lotes.
Produzida naturalmente pelo corpo, a creatina é formada a partir de aminoácidos como glicina, arginina e metionina. É armazenada principalmente nos músculos e utilizada como fonte rápida de energia. Por isso, a suplementação é indicada para quem realiza treinos de alta intensidade e curta duração, visando aumento de força e melhor recuperação muscular.
Além dos suplementos, a creatina pode ser obtida em pequenas quantidades por meio de alimentos como carne vermelha, leite e peixes. No entanto, a ingestão alimentar costuma ser insuficiente para atingir os níveis desejados por atletas, o que justifica o uso de produtos industrializados.
O relatório da Anvisa reforça que, embora o consumo de creatina seja considerado seguro, o consumidor deve estar atento à rotulagem. É fundamental verificar se o produto possui registro, se apresenta dados completos na tabela nutricional e se evita promessas exageradas. Assim, é possível garantir um uso mais consciente e eficaz do suplemento.
Fonte: Agenciagov, Senado, G1 e Veja.