O padrão de tomadas com 3 pinos foi definido pelo Inmetro em 2000 e se tornou obrigatório em 2011. Mas essa nova ideia não foi muito aceita pela sociedade brasileira, gerando uma série de polêmicas.
O motivo definido pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) para a implantação da tomada de três pinos e plugue hexagonal, é eliminar o riscos de choque elétrico com risco de morte, evitando o toque acidental com o pino do plugue energizado ou mau encaixado, além de impedir o funcionamento inseguro com aquecimento e risco de incêndio, como também as perdas de energia devido a conexões inseguras.
O terceiro pino serve com fonte de aterramento aos aparelhos que alimenta, levando a energia excedente para o solo e desmagnetizando o aparelho. Para isso é preciso que as tomadas estejam adaptadas com fio terra ao sistema elétrico, ou seja, a tomada precisa estar coligada a uma barra de cobre cravada na terra.
A ideia de acabar com o padrão da tomada de três pinos no Brasil, começou a surgir no começo desse ano de 2019, pelo Governo Federal juntamente com Jair Bolsonaro. O secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, solicitou uma manifestação da presidenta do Inmetro a respeito desse assunto. A mesma, assinou uma nota técnica em que confirma a segurança das tomadas de três pinos como padrão brasileiro.
A proposta do governo não é abolir de vez com a tomada de três pinos, mas torná-la não obrigatória, e deixar o Brasil sem padrão definido ou então estabelecendo um modelo mesclado, compatível com os dois anteriores e com outros modelos já existentes no exterior.
Existem no mundo 110 diferentes configurações de tomadas adotados. Mas o modelo atual de 3 pinos, definido como padrão no Brasil, dificulta a entrada de equipamentos elétricos importados e aumenta os custos da população com adaptações, e muitas pessoas acabam preferindo arrancar o terceiro pino.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica anuncia que “a implementação do padrão é fruto de uma ampla discussão” e que a obrigatoriedade em 2011 veio após “um cronograma de implantação gradual”, porém esse fato pegou muita gente desprevenida, o que apontou um gasta de pelo menos R$ 1,4 bilhão para os brasileiros se adaptarem.
Os debates para acabar com o padrão de tomadas imposto, deve durar bastante tempo. Pois, para tornar menos rígido o uso das tomada de três pinos, é necessário convocar uma reunião do Conmetro, conselho que reúne diversas entidades de classe e nove ministros e presidentes do Inmetro.
A equipe econômica do governo conta que perderia muito tempo com essa discussão tão pouco importante, e que encontra muita complexidade em convocar nove ministros para transferir a mudança de padrão.