Por Fusne.com

27/03/2023

Ministro de Minas e Energia reafirmou que a privatização da companhia está consolidada.

Com informações da Agência Brasil.

Nesta data (27), Alexandre Silveira, o Ministro de Minas e Energia, afirmou que o método de privatização da Eletrobras foi desigual e que o novo modelo de empresa não cumpre com as exigências mínimas de segurança estratégica.

Silveira destacou que, apesar disso, a estrutura jurídica da companhia já está estabelecida, mas o governo tem o direito de buscar ações judiciais em relação a esse assunto.

“Acho que quem tem 40% das ações não pode ter um conselheiro em nove. Então é um modelo de corporação que não atendeu, na minha opinião, o mínimo de segurança estratégica ao povo brasileiro”, disse no evento Arko Conference 2023, organizado pela Arko Advice.

“Eu posso afirmar que, na minha visão, nos modelos de corporações que eu conheço, tanto no Brasil quanto no mundo foi um modelo injusto. A nossa golden share [ação preferencial que permanece com o governo após a privatização] é vergonhosa. Ela não serve para absolutamente nada. Ela não dá nenhuma estabilidade, nenhuma segurança a esse grande setor estratégico de energia”, disse Silveira.

O ministro, no entanto, reafirmou que a privatização da companhia está consolidada, que passou pelos trâmites do processo de venda.

“Para deixar bem claro, eu entendo que isso [a privatização] é fato, está consolidado, passou pelo Congresso Nacional, virou uma lei. E portanto, eu, como ministro de Minas e Energia, eu tenho que tratar a Eletrobras reconhecendo que ela é uma empresa que, apesar dos senões que eu tenho como cidadão, da sua privatização, é uma empresa que foi privatizada”, disse.

O ministro ressaltou, no entanto, que é uma decisão de governo questionar na Justiça o processo de privatização.

“Para mim, não é que a página esteja virada. As discussões podem acontecer”, disse. “A judicialização ou não depende de uma decisão de governo. E a judicialização, o resultado dessa judicialização, ninguém pode prever”.

A Eletrobras possui cerca de metade da capacidade de transmissão de energia do país e cerca de 36% da capacidade de geração de energia nacional.

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