Por Fusne.com

09/02/2023

Idosos veem mais TV aberta que jovens

Televisão aberta está sendo substituída por plataformas de streaming e redes sociais.

Com informações da Agência Brasil.

As plataformas de streaming e as redes sociais estão cada vez mais substituindo a televisão aberta como principal meio de entretenimento.

Isso ocorre porque serviços como Netflix e redes sociais como YouTube e TikTok oferecem uma variedade maior de conteúdo e permitem aos usuários assistirem aos seus programas favoritos em qualquer lugar e a qualquer hora, usando dispositivos móveis ou computadores.

Consequentemente, muitas pessoas estão abandonando a TV aberta em favor dessas novas formas de entretenimento digital.

"Hoje em dia eu praticamente não assisto mais televisão aberta. Sempre que eu pego o controle remoto é pra colocar em algum canal de streaming e aí acabo vendo algum filme ou maratonando alguma série", disse Lucas Moreira de Queiros.

"Os dados apontados pela pesquisa dos Estados Unidos não me surpreendem, porque na verdade mostram uma certa tendência mundial no crescimento do consumo, principalmente de imagens ou de vídeos – de produção audiovisual de um modo geral", confirma Gabriela Borges, coordenadora do Observatório da Qualidade no Audiovisual e professora da Universidade do Algarve.

Ela menciona um estudo mais recente realizado em 2022 pela Ofcom, a agência reguladora britânica. De acordo com a pesquisa, os jovens com idade entre 16 e 24 anos assistem a quase sete vezes menos televisão do que pessoas com 65 anos ou mais, gastando menos de uma hora assistindo TV.

"Eu acho que esse dado também é importante, porque os jovens já não assistem a televisão, mas eles migram e eles assistem conteúdo audiovisual nas plataformas de streaming ou conteúdos on demand e em vídeos de redes sociais".

Gabriela Borges menciona um estudo da empresa Comscore que revela que 96% dos brasileiros consomem conteúdo jornalístico em dispositivos móveis. Por essa razão, ela advoga por políticas públicas que incentivem a educação midiática.

"[Os dados] também evidenciam a necessidade do Brasil começar a pensar em políticas públicas, que promovam, de certo modo, a educação midiática, porque diferentemente do que é exibido na televisão, que tem um crivo jornalístico – principalmente se a gente pensa na questão das notícias – nas redes sociais a produção de informação é feita de forma desordenada, isto é: qualquer um pode produzir conteúdos. Mas mais alarmante do que qualquer um produzir conteúdos é o fato de que existem cada vez mais canais de desinformação".

Gabriela Borges acredita que o consumo de redes sociais tende a aumentar ainda mais nos próximos anos.

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