O dia 9 de julho é feriado estadual em São Paulo, celebrado em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, um dos eventos mais significativos na história do estado. Essa data marca o levante de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de restaurar a ordem democrática no país. A revolução, embora derrotada militarmente, teve um grande impacto político, resultando na convocação de uma nova Constituição em 1934.
Em 1997, a data foi oficializada como feriado pelo governo estadual, sendo considerada a “Data Magna” do estado de São Paulo. Até hoje, a Revolução Constitucionalista é lembrada com desfiles, eventos culturais e homenagens aos heróis que lutaram pela liberdade e pela democracia. Mas o que exatamente aconteceu em 1932 e como o movimento moldou o cenário político brasileiro? A seguir, será explorado o contexto, as causas e as consequências desse importante marco histórico.

A Revolução Constitucionalista teve início no contexto da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder após depor o presidente Washington Luís. Esse golpe causou grande descontentamento em várias regiões, especialmente em São Paulo, que perdeu sua influência política no novo governo centralizado. O movimento paulista teve como principal demanda a convocação de uma Assembleia Constituinte e a restauração de uma ordem democrática no Brasil.
O estopim para o levante foi o assassinato de quatro jovens durante um protesto contra o governo de Vargas, em 23 de maio de 1932. Esses jovens ficaram conhecidos pela sigla MMDC, formada pelas iniciais de seus nomes: Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Camargo de Andrade. O episódio gerou comoção em todo o estado e galvanizou o apoio popular à causa da Revolução.
O início da Revolução Constitucionalista aconteceu em 9 de julho de 1932. A população paulista se levantou contra o governo de Vargas com o apoio das forças militares locais. Durante os meses de confronto, o estado enfrentou um grande desafio militar, enfrentando um exército bem mais poderoso e equipado.
O movimento teve a participação de diversos setores da sociedade, incluindo militares, estudantes e civis. Apesar da grande mobilização, a falta de recursos e a falta de apoio de outros estados levaram a uma derrota militar em outubro do mesmo ano. No entanto, a Revolução teve um impacto duradouro sobre a política nacional, fazendo com que a Constituição de 1934 fosse promulgada e garantindo a representação de São Paulo nos rumos do país.
Em 1997, o governador Mário Covas sancionou a Lei Estadual nº 9.497, que oficializou o dia 9 de julho como feriado estadual em São Paulo. Desde então, a data passou a ser considerada a “Data Magna” do estado, celebrada com uma série de eventos que relembram a luta por liberdade e democracia. As homenagens aos heróis da Revolução e os desfiles cívico-militares tornaram-se uma tradição, reforçando o caráter de resistência e identidade paulista.
Além de seu valor histórico, o feriado de 9 de julho também se tornou um símbolo de união e orgulho para os paulistas. A data não só homenageia aqueles que lutaram pela Constituição de 1934, mas também serve como um lembrete da importância da democracia e da liberdade no país.
Fonte: Carro.Blog.Br, Metropoles, Falaregional, Inspirednews e Wikipedia.
