Hoje o Microsoft Windows domina completamente o mundo da computação pessoal, mas no começou não foi bem assim. O sistema foi lançado pelo MS-DOS em 1985, no início sua interface não fez muito sucesso, porém ao longo de vários anos e diversas versões esse cenário foi mudando, até chegar no que é hoje.
Para quem ainda não sabe, existem muitos modelos do Windows além do mais conhecido para computadores domésticos, como o Windows NT, voltado para o mercado corporativo, Windows Server, para servidores, Windows CE, para dispositivos móveis e Windows Phone.
A primeira versão criada em 20 de novembro de 1985 foi o Windows 1.0, no entanto o software era uma interface gráfica e não um sistema operacional. O software era “pesado”, exigindo no mínimo um PC XT com dois drives de disquetes e 192 kB para rodar, com 256 ou 512 kB sendo o recomendado, além de um mouse e uma placa de vídeo com modo gráfico. Foi por esse motivo que essa versão do Windows não se tornou popular na época.
Dois anos depois veio o Windows 2.0, capaz de tirar proveito do poder de processamento das CPUS Intel 286 e 386, sendo que no 386 era capaz de executar múltiplos programas MS-DOS ao mesmo tempo, cada um em uma sessão “virtual” do MS-DOS.
O Windows 3.0 surgiu em 1990, foi a primeira versão do sistema a ser um sucesso de crítica e público, com elogios à sua capacidade de multitarefa e facilidade de uso. Em 1992, o Windows chegou ao Brasil, na versão Windows 3.1, foi nele que surgiram as fontes TrueType, que tornaram o sistema uma opção viável para “Desktop Publishing” (DTP, diagramação digital de livros, jornais e revistas).
O sucesso do Windows começou em 1995 com o Windows 95, nele o Menu Iniciar e a Barra de Tarefas foram o destaque para o sucesso. Além de ser a primeira versão do Windows “pronta para a internet” e redes em geral, com uma pilha TCP/IP integrada como parte do sistema operacional.
Depois disso veio o Windows 98, com foco no Internet Explorer. Sendo a primeira versão do Windows com suporte nativo a USB, drives de DVD e ao barramento AGP, usado para placas de vídeo aceleradoras 3D, que estavam se popularizando na época.
Em 2000 o ano não foi muito bem. O Windows Millennium Edition, foi nomeado como o “pior sistema operacional de todos os tempos” em um ranking da revista PC World. Os motivos que levaram a isso foi a questão de ser uma atualização com poucas novidades, além dos muitos problemas com desempenho e estabilidade.
O Windows se tornou um sistema operacional independente a partir do Windows XP de 2001. Ele não dependia mais do velho MS-DOS por debaixo dos panos e era baseado no Windows NT, criado para o mundo corporativo. Com isso a Microsoft uniu os dois mercados sob um único sistema. O sistema operacional também ganhou mais desempenho e estabilidade.
Em 2007 o Windows se tornou novamente detestado, a versão Windows Vista, que incorporaria várias tecnologias avançadas ao sistema operacional, era um projeto interno da Microsoft chamado Longhorn, que não deu muito certo.
A Microsoft perdeu o foco, com recursos sendo adicionados de forma desorganizada e sem uma preocupação com o produto final. A interface recebeu recursos de segurança que exigiu mais hardware, e com isso o Vista rapidamente ganhou fama de ser um sistema lento e pesado. Mudanças no sistema de drivers introduziram instabilidade no funcionamento de vários componentes do hardware, e os usuários não se acostumaram com recursos como o UAC, que exigia confirmação para realizar ações que antes eram automáticas.
Mas logo depois em 2009, a estabilidade e o desempenho foram significativamente melhor. O Windows 7 adicionou melhor suporte a recursos comuns a muitos dos computadores modernos, como processadores com múltiplos núcleos, unidades SSD e múltiplas placas de vídeo.
O Windows 8 foi lançado em 2012 com o visual e comportamento padrão do Windows já bem definidos. Porém, a Microsoft resolveu mudar completamente toda a interface do sistema de uma vez só. Inspirada pela popularidade de smartphones e tablets, ela decidiu trocar o Menu Iniciar pela “Tela Iniciar”, entre outras coisas.
Segundo a Microsoft, uma justificativa para a mudança foi a necessidade de tornar o Windows mais fácil de usar em PCs com telas sensíveis ao toque. Mas as coisas não pararam por aí, os usuários começaram a queixar-se, e fez a Microsoft lançar o Windows 8.1, que dava ao usuário a opção de escolher a interface padrão do sistema, a “nova” ou a clássica.
Por fim, surgiu o Windows 10 em 2015. O principal destaque desta versão foi a reversão da interface para o tradicional paradigma desktop do Windows 7, com Barra de Tarefas e Menu Iniciar.
Entretanto, a Microsoft passou a oferecer o sistema gratuitamente durante um ano para qualquer usuário que já tivesse uma cópia legalizada do Windows 7 ou 8 no computador. Mas mesmo após o fim deste período, ainda é possível migrar gratuitamente uma cópia do Windows 7 para o Windows 10.
O mais novo sistema Windows 10 recebe semestralmente um pacote de atualizações que, além de corrigir bugs, adiciona novos recursos ou modifica os antigos.
Além disso, estas atualizações são gratuitas, entregues via Windows Update. De certa forma, o Windows passou a se comportar como o mac OS, que anualmente ganha uma nova versão, disponível a todos os usuários. Basta clicar em “atualizar” e esperar o download.
A diferença é que o mac OS ganha uma nova versão ou codinome a cada ano (como Yosemite, Catalina ou Big Sur), enquanto as novas versões do Windows continuam sendo, como um todo, o “Windows 10”.