Há 25 anos, ocorria a colocação em operação das primeiras máquinas da linha de produção da Renault do Brasil, marcando o início da história do Complexo Industrial Ayrton Senna e a fabricação local de um dos veículos mais icônicos da marca no país: o Megane Scenic. Lançado no mercado brasileiro em março de 1999, esse foi o primeiro monovolume produzido em série no país, inaugurando um segmento de grande sucesso e apresentando diversas inovações tecnológicas e de espaço, tornando-se uma opção versátil para famílias.
O Megane Scenic obteve sucesso imediato, com a venda de 33 mil unidades logo em seu primeiro ano de lançamento. Durante os 12 anos em que esteve disponível no mercado brasileiro, foram comercializadas mais de 142 mil unidades, em diferentes versões e configurações, incluindo uma opção com apelo mais aventureiro chamada Sportway.
Globalmente, o Scenic foi produzido por 26 anos, entre 1996 e 2022, ao longo de quatro gerações distintas, alcançando a impressionante marca de mais de cinco milhões de unidades vendidas.
“O Scenic foi o primeiro monovolume nacional e abriu portas para um segmento inédito no mercado, conciliando amplo espaço para toda a família, uma inédita modularidade do interior, segurança e versatilidade, posicionando a Renault, logo no início de sua produção local, como uma marca inovadora e que trazia soluções pensadas para seus consumidores”, explica Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
O Renault Scenic apresentava uma série de inovações para a época, com um design que proporcionava um amplo espaço interior. Contava com três bancos traseiros individuais e uma mesinha tipo aviação no encosto dos bancos dianteiros, proporcionando conforto para todos os ocupantes. Além disso, o porta-malas tinha capacidade para 410 litros.
A proposta de privilegiar os ocupantes foi um ponto central para os designers do projeto de interiores liderados por Louis Morasse. Cada passageiro tinha o seu próprio banco, e a luminosidade era uma característica fundamental. A posição de dirigir era mais alta, permitindo uma melhor visão da pista, e tudo foi projetado pensando na experiência a bordo. Tanto que foi decidido que o veículo seria desenhado primeiro de dentro para fora, nascendo assim a engenharia de interiores.
As linhas externas do Scenic refletiam o espírito da época, com formas elípticas, suaves e arredondadas. Foi mantida uma conexão visual com o Megane.
“Com o Scenic, todos os passageiros eram prioridade. No Scenic, ninguém era prejudicado por estar sentado no banco traseiro”, explica Louis Morasse.
A produção no Brasil, iniciada em 1998, também trouxe soluções inéditas que nunca haviam sido adotadas nas fábricas do Grupo Renault. “O Scenic não apenas criou um segmento inédito no mercado, como também inovou nos processos de produção. O modelo fabricado no Brasil foi o primeiro veículo da Renault no mundo a utilizar o processo de pintura à base de água, uma tecnologia reconhecida pela redução de resíduos e que atualmente é amplamente adotada pela indústria e por todos os veículos Renault produzidos no país”, explica Vagner Mansan, diretor das fábricas de veículos da Renault do Brasil, que estava envolvido na fabricação inicial do Scenic no Brasil.
No mercado brasileiro, o monovolume Scenic foi lançado inicialmente na versão RXE, equipado com um motor a gasolina de quatro cilindros e 2.0 litros, com oito válvulas, capaz de produzir 115 cv a 5.400 rpm e torque de 17,5 kgfm a 4.250 rpm, com transmissão manual de cinco marchas. Logo após o lançamento, também foi oferecida a versão RT, equipada com um motor 1.6 16V (110 cv e 15,1 kgfm). Ao longo dos anos, o modelo passou por diversas atualizações, incluindo uma reestilização em 2001, a adição de motorização flex, opção de transmissão automática e a introdução do motor 2.0 16V de 140 cv.
*Com informações da Renault.